Ambos na Série B nacional, ABC e América até têm torcida para, esporadicamente, preencher um estádio de 31.375 lugares capacidade com a qual ficará a Arena das Dunas após a retirada das arquibancadas temporárias que deixarão o estádio de Natal apto a receber 42 mil pessoas na Copa. Mas os abecedistas não estão nem um pouco dispostos a deixar o simpático Frasqueirão. E os americanos já começaram a preparar o terreno onde pretendem construir a Arena do Dragão.
Confira fotos das obras em Natal
Se for levado adiante esse projeto em Parnamirim, na região metropolitana, no mesmo terreno onde está o CT do América, a capital potiguar terá em pouco tempo três estádios. Cada clube no seu, não haverá motivo para pagar aluguel na arena padrão Fifa levantada por meio de uma parceria público privada (PPP) entre o governo do Rio Grande do Norte e a empreiteira OAS.
Os sócios no empreendimento, no entanto, demonstram confiança em atrair os clubes com a estrutura da Arena das Dunas. "Tenho certeza de que teremos futebol aqui", diz Arthur Couto, gerente de marketing da OAS, empresa responsável pela construção e administração por 20 anos. "Há possibilidade de América, ABC ou Alecrim usarem o estádio", acrescenta, mesmo o último clube citado possuindo torcida inexpressiva. Ao mesmo tempo, o secretário estadual da Copa, Demétrio Torres, faz lobby para que pelo menos os clássicos locais sejam na nova arena.
A OAS, porém, ainda não divulgou nenhum plano detalhado de uso do local. E os dois principais clubes dizem nem ter sido procurados. A "tranquilidade" da empresa se explica pelo contrato firmado com o governo.
A empreiteira bancará a construção orçada em R$ 417 milhões mas com R$ 396,5 milhões emprestados pelo BNDES. No primeiro ano de funcionamento, 2014, o estado começa a devolver o investimento. Serão 11 anos pagando prestações mensais de R$ 9 milhões. Do 12.º ao 14.º, o valor baixa para R$ 2,7 milhões. Do 18.º ao 20.º, cai para R$ 90 mil. Ao final do contrato, que pode ser renovado, a OAS terá recebido quase R$ 1,3 bilhão.
Para reaver o máximo possível do investimento, o estado conta com a capacidade dos gestores A OAS se associou à empresa holandesa Amsterdam Arena para a administração do novo estádio. "Mesmo que não se leve nenhum jogo ou show para lá, nem se ganha nem se perde. Mas lógico que vão querer ganhar. Metade do lucro será deles, metade do governo. Quanto mais eventos, mais vão ganhar dinheiro. Vai depender da eficiência deles", explica Torres.
Como o cenário esportivo não anima, o material promocional da Arena das Dunas deixa claro que o complexo oferecerá "muito além do futebol". Além de divulgar áreas para escritórios e comerciais, a propaganda promete: "Vêm aí muitos shows nacionais e internacionais, congressos, workshops, espetáculos culturais e eventos de lazer".
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