A Arena da Baixada estará pronta dia 30 de abril para o Atlético, mas somente em 15 de maio para a Fifa. Um intervalo de 15 dias necessário para dar ao estádio uma formatação que existirá somente nos quatro jogos da Copa do Mundo de 2014 Curitiba. Instalações temporárias orçadas em R$ 35 milhões, conta a ser paga pela prefeitura.
"O mais importante de toda essa estrutura é a questão da televisão e tecnologia. A Fifa pede para não tocar nestes dois requisitos. O resultado de uma transmissão mal feita para o mundo inteiro em um evento que é visto por metade da população mundial é diferente de você botar, por exemplo, voluntários em um espaço um pouquinho mais apertado", explica Ricardo Trade, chefe executivo de operações do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014.
A afirmação do CEO indica o nível de rigor com as estruturas. Se nestes dois itens não há concessões, outros como áreas para agentes de segurança privada, voluntários e para o próprio COL podem ser adequadas. Mesmo o centro de imprensa é sujeito a adaptações para manter o ritmo da obra. Na terça-feira, o consultor de estádios Charles Botta disse que o espaço para o espaço pode ser menor que o projetado e coberto por lona. Basta o comitê paranaense avisar a Fifa.
A velocidade com que será concluída a estrutura de transmissão e tecnologia ditará o cronograma de eventos-teste do estádio. O COL pretende fechar essa agenda nos próximos dias com o Atlético. Uma possibilidade era incluir nesta programação o jogo com o Vélez Sarsfield, pela Libertadores, dia 26 de março, aniversário do clube.
"Era um jogo que a gente estava considerando, mas hoje não sei se vai estar pronto para isso. Prefiro deixar para os engenheiros. Eu preferiria esperar mais tempo", disse Trade.
A ideia da Fifa é fazer um primeiro teste com capacidade reduzida. Depois, pelo menos mais duas partidas com operação completa, a partir do dia 10 de maio. Quanto mais jogos, melhor. Mineirão e Castelão foram os estádios mais testados antes da Copa das Confederações 11 e 23 partidas oficiais, respectivamente e os que deram menos problemas.
"O que pode ocorrer com menos testes é alguma falhazinha. Vamos trabalhar para, mesmo com pouco tempo, testar adequadamente. Precisaremos nos integrar mais com a equipe de Curitiba do que com um estádio entregue antes, como Natal", disse Trade.
Há duas semanas, a prefeitura lançou o edital da ponte metálica para passagem dos cabos de transmissão. O preço previsto era R$ 1,5 milhão, mas o serviço foi contratado por cerca de R$ 800 mil. Na terça foi aberta a concorrência para as estruturas complementares, um processo que deve durar 15 dias e ter a montagem começando na primeira quinzena de março.
"Temos uma margem de tempo para absorver algum recurso ou não cumprimento de documentação sem comprometer o cronograma", diz o secretário municipal de Copa, Reginaldo Cordeiro.
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