Curitiba segue entre as cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014, mas ainda precisa de atenção especial por causa do curto prazo de entrega da obra. Uma preocupação demonstrada pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, no anúncio oficial da manutenção da Arena da Baixada e reafirmada pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
"Estou seguro de que é preciso trabalhar muito duro para que isso aconteça [estádio fique pronto]. Não é somente confiar. Como dizia o meu conterrâneo, consolidador da república, Marechal Floriano Peixoto, é confiar desconfiando", afirmou o alagoano Rebelo, na manhã desta quarta-feira, em Florianópolis.
Ao contrário de Valcke, bastante irritado pela demora toda na conclusão da Arena, Rebelo adotou uma postura moderada. Disse que é preciso ter tranquilidade, energia e atenção no acompanhamento da obra. "Nervosismo nessa hora não vai adiantar a execução da obra", destacou.
Segundo o relatório elaborado na terça-feira pelo consultor de estádios da Fifa, Charles Botta, a Arena ficará pronta dia 30 de abril e será entregue em condições de abrigar um jogo de Copa do Mundo no dia 15 de maio. Este prazo é necessário para a instalação das estruturas temporárias, essenciais para operações de segurança, telecomunicações, hospitalidade e transmissão de TV. Um processo que não comporta mais nenhum tipo de atraso.
"Tivemos problema de gestão em Curitiba e isso levou a um certo atraso. A ideia é que o atraso não comprometerá a realização do evento. Mesmo que seja o estádio mais atrasado, as providências tomadas pelo governo do estado, a prefeitura, o Atlético e o governo federal ajudaram a definir um prazo que viabiliza a Copa em Curitiba", disse Rebelo, pedindo atenção especial aos detalhes. "Temos de contar com contingências. Temos de acompanhar detalhe por detalhe. É como uma obra de arte, o detalhe é que define."
Um dos pontos cruciais é a garantia de fluxo financeiro ininterrupto à obra. O governo estadual assegurou que fará os repasses necessários de dinheiro, via Fomento Paraná, até que sejam liberados os R$ 65 milhões pedidos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Pelos trâmites normais, um processo que pode levar até 60 dias, empurrando a injeção de recursos para abril. No caso da Arena da Baixada, este caminho deve ser acelerado, respeitando os mecanismos de análise técnica e financeira do banco federal.
"Não há necessidade de interferência do governo federal. O BNDES tem mecanismos que asseguram decisões seguras e rápidas", garantiu.
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