A Fifa informou a abertura de um processo contra a Argentina de Futebol Argentino (AFA) pela manifestação política dos jogadores no amistoso contra a Eslovênia, no último dia 7, em Buenos Aires.
Antes da partida, os atletas exibiram uma faixa com a seguinte mensagem: "As Malvinas são argentinas". De acordo com a Fifa, o processo disciplinar estuda uma punição à AFA por ter desrespeitado um artigo das Regras de Segurança em Estádios da entidade.
A faixa exibida pelos atletas faz referência à disputa entre o país sul-americano e a Inglaterra pela posse do pequeno arquipélago, localizado no Atlântico Sul, e que ocasionou um conflito armado entre os dois países. A guerra começou em 2 de abril de 1982 após a Argentina invadir o arquipélago que considera sua extensão territorial histórica. O país entende que ao se tornar independente em 1822, passou também a controlar as ilhas, que pertenciam aos espanhóis.
Já os britânicos afirmam que dominam a região desde 1833, quando ocuparam e colonizaram o arquipélago. O conflito também foi uma tentativa do ditador argentino, general Leopoldo Galtiere, de dar fôlego ao governo militar. A então primeira-ministra britânica Margareth Thatcher, que enfrentava uma crise de popularidade, reagiu com força. A guerra, que durou 75 dias, só acabou em 14 de junho, com a rendição dos argentinos. Ao todo, 258 britânicos e 649 argentinos morreram no conflito.
Na Copa de 1986, o jogo entre Argentina e Inglaterra, válido pelas quartas de final, foi cercado por um intenso clima de tensão, pois marcou a primeira disputa esportiva entre os dois países depois do conflito. Maradona, capitão e líder da seleção argentina, teve uma das melhores atuações individuais da história da Copas na vitória por 2 a 1. O jogo ficou marcado também por um lance polêmico. Em uma disputa aérea com o goleiro Peter Shilton, usou a mão para fazer o gol e, no final da partida, afirmou que havia feito o gol com a "mão de Deus".
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