A Copa do Mundo de 2014 "será um evento seguro", afirmou nesta terça-feira o chefe da Secretaria Extraordinária para a Segurança de Grandes Eventos (SESGE), Andrei Rodrigues, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro na qual expôs os planos de segurança para a competição.

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O funcionário acrescentou que os investimentos realizados em equipamentos de segurança para o torneio e as sinergias criadas entre os Ministério da Defesa, o de Justiça e os policiais dos diferentes estados do Brasil serão "um legado (do Mundial) para o país".

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, José Carlos de Nardi, afirmou na mesma entrevista coletiva que o país está pronto para atender qualquer tipo de problema de segurança, inclusive as ameaças geradas por possíveis protestos contra o Mundial que possam ocorrer próximos aos estádios ou impeça a locomoção dos torcedores para as partidas.

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"O grande objetivo é que não aconteça nada nos estádios", disse o militar ao se referir ao papel das "forças de contingência" que estarão nas cercanias dos estádios, preparadas para atuar em caso de emergência e que não usarão armas letais.

Para que estas forças entrem em ação, o governador do estado em questão tem que transferir um pedido à presidente Dilma Rousseff, que autorizará a atuação das mesmas.

"O Brasil está preparado para fazer frente a qualquer problema", asseguro Nardi, que destacou como um êxito e uma conquista para o país a integração entre as autoridades de Defesa e de Segurança Pública, que contarão com o apoio do Serviço de Inteligência.

O esquema de segurança para a Copa contará com 15 centros de controle, 12 deles nas cidades sede da competição e outros três em cidades escolhidas por algumas seleções para seus treinamentos, com os quais será garantida a segurança do transporte e das comunicações.

O governo brasileiro realizou um investimento de R$ 1,1 bilhão em segurança pública e próximo aos R$ 700 milhões em Defesa.

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O dispositivo de defesa contará com pouco mais de 180 mil efetivos pertencentes aos Ministério da Defesa e dos organismos de segurança pública e privada.

Segundo Nardi, além das sinergias geradas entre o Ministério da Defesa e o de Justiça, outro dos grandes legados que o Mundial deixará para o país são os equipamentos e a tecnologia.

As Forças Armadas adquiriram equipamento para lutar contra a guerra química. "O Brasil quase não tinha equipamento para lutar contra um ataque destas características, agora temos uma equipe especializada", destacou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.

No ato informativo sobre o dispositivo de segurança para o evento também esteve presente Andre Pruis, consultor de segurança da Fifa para o Mundial e que também exerceu o mesmo papel na África do Sul, que destacou que "o conceito de segurança é excelente".

Pruis destaca "uma queda da criminalidade depois do Mundial" por conta da nova forma de trabalhar das forças e dos corpos de segurança do Estado brasileiro.

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Quanto aos conselhos de segurança para os turistas que viajarão ao Brasil para assistir aos jogos, Andrei Rodrigues indicou que "são os mesmos que para qualquer outro país no qual se organize um evento com uma afluência em massa de pessoas".