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A Fifa coloca as manifestações e as greves como as maiores ameaças à Copa do Mundo. A entidade pressiona o governo a entregar garantias de que tem um Plano B, caso a situação de caos vivida em São Paulo nesta quinta-feira (5), por causa da paralisação do Metrô, volte a se repetir na abertura do Mundial.

Em declarações exclusivas, o vice-presidente da Fifa, Jim Boyce, confirmou que a situação interna é de preocupação diante dos movimentos sociais e dos protestos. "A maior preocupação é de fato com o que acontecerá com os protestos. Os torcedores precisam ter garantias de chegar ao estádio", alertou Boyce.

Representante da Irlanda do Norte, o cartola tem adotado um tom de transparência dentro da Fifa, em um contraste com outros dirigentes que optaram por manter um discurso oficial de otimismo e de negar qualquer problema.

"O alvo das manifestações não pode ser a Fifa. Ela não é a responsável pelos problemas", insistiu. Na avaliação dele, quem deve ser o alvo dos protestos é "o governo". "A Fifa é o alvo errado", declarou. A reportagem obteve informações confidenciais que, nos informes sobre as ameaças para a Copa, os movimentos sociais aparecem no topo da lista.

Mas, publicamente, a estratégia da Fifa era a de demonstrar total confiança, enquanto a ordem a todos os cartolas era de silêncio e de apenas fazer elogios. Apesar do cenário em que o Itaquerão ainda está em obras e de uma cidade estar parada, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, garantiu que "está tudo sob controle".

Nesta quinta, a entidade revelou que a renda da Copa vai superar sua expectativa mais positiva e chega a US$ 4,5 bilhões, 10% a mais do que se previa.

Aldo Rebelo, ministro do Esporte, deu indicações de que o governo tem um Plano B caso a greve volte a se repetir no dia da abertura. "Todas as soluções foram antecipadas", declarou. "Falar em greve no dia da abertura é falar de uma hipótese. Nós estamos trabalhando com o governo do Estado para ter uma alternativas, que existirão", declarou.

Valcke também indicou que a Fifa está coordenando com o governo uma alternativa e que não haverá um impacto para o dia 12. "Estamos trabalhando com governo para que acesso aos estádios seja organizado, seja o que ocorra", indicou. Segundo ele, "nenhum jogo está ameaçado".

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