O comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, coronel Benedito Meira, afirmou na manhã desta quarta-feira (11) que as pessoas precisam compreender que não é mais momento para fazer manifestações. "O clima que tem no nosso País agora é um clima de festa. A Copa vai acontecer", disse.
Meira declarou ainda que não cabe à PM discutir se os investimentos com a Copa foram corretos ou não. A intenção da corporação, agora, é assegurar às pessoas que queiram acessar os estádios que não tenham sua mobilidade impedida por qualquer circunstância.
Na região de Itaquera, na zona leste da cidade, onde ocorrerá a abertura do Mundial, o comandante garantiu que haverá um efetivo de pelo menos 4 mil policiais, além do reforço do Exército em pontos da Radial Leste. A Tropa de Braço, formada por policiais treinados em artes marciais e equipados com cassetetes, sem armas de fogo, não está prevista. "Espero que não atue, mas vai estar preparada para ser utilizada", disse Meira.
O comandante ainda assegurou que haverá policiais nas estações do Metrô "em toda a extensão da Linha Leste-Oeste (3-Vermelha)", que podem atuar na contenção de protestos. A PM terá papel secundário nas chamadas "fan fests" e "public views", pontos de exibição dos jogos.
A segurança interna, segundo Meira, deverá ser particular, cabendo aos policiais apenas a cobertura da área externa.
O secretário de segurança pública de São Paulo, Fernando Grella, disse que a população deve ficar tranquila. "A PM tem um planejamento muito bem definido. Só na terça-feira foram três reuniões, hoje teremos outras. Tudo sendo planejado para garantir a mobilidade", assegurou.
Grella ainda confirmou que o papel do exército na segurança será apenas de presença física, mas caberá à Polícia Militar a atuação operacional.
PMs na operação de trens
Questionado sobre a atuação na eventual paralisação dos metroviários durante a abertura da Copa, Meira disse que a PM estuda formas de operar os trens para essas ocasiões.
"Nós só não conseguimos operar a máquina do Metrô. Se nós tivéssemos condições, faríamos isso. Mas eu acho que é uma coisa para se pensar no futuro. Por que não? É um serviço essencial, afinal de contas, então nós temos essa intenção, sim", disse.