Doze anos atrás, nesta mesma época, a 100 dias do início da Copa do Mundo de 2002, Felipão andava carrancudo, irritado e irrequieto. A rigor ainda estava quebrando a cabeça para montar o grupo da seleção que assumira alguns meses antes com o desafio de conquistar o título mundial e isso o preocupava. Hoje a situação é diferente e ele mostra sua versão "light". Não deixa de fechar a cara e se posicionar de forma dura em relação a algo com que não concorda, mas tem demonstrado bom humor e anda bastante brincalhão.
Felipão, cuja última passagem por um clube, o Palmeiras, em 2012, terminou com ele mal humorado, tem uma explicação simples para seu momento: "Escolher o grupo está mais fácil agora do que em 2002. Construímos a ideia de nossa seleção, um sistema de jogo que imaginamos. Quando começamos, não tínhamos, penamos quatro, cinco jogos. Montamos o sistema e deu certo", disse. "Os atletas que convocamos se comportam de maneira espetacular dentro e fora do campo. Está tudo planejado para a Copa desde janeiro de 2013. Agora, só fazemos ajustes. Não tenho com o que me estressar".
Em sua primeira passagem pela seleção, assumiu no meio de 2001 uma seleção destroçada, que corria até o risco de ficar de fora do Mundial. "Em 2002 era um inferno, ambiente conturbado. Hoje não, tenho um grupo maravilhoso de jogadores dentro e fora do campo. Posso ser cobrado minimamente por um ou outro jogador que não esteja no grupo, mas a maioria vai acertar no mínimo 20 dos que vão para a Copa", disse o treinador.
Assim, embora não use tais palavras, Felipão se encontra em uma fase de manutenção e também de aperfeiçoamento da seleção para que a identidade adquirida "Nosso foco é que se mantenha aquilo que foi conseguido na Copa das Confederações".
Contratado no final de novembro de 2012, ele fez seu primeiro jogo em fevereiro do ano seguinte derrota por 2 a 1 para a Inglaterra e, efetivamente, teve 81 dias de trabalho com os jogadores. Para Felipão, o principal momento até agora foi no dia do jogo entre Brasil e México em Fortaleza, pela Copa das Confederações. "Naquele episódio das manifestações, conversamos com o nosso grupo, trocamos ideias e formamos uma equipe em que cada um tem seu pensamento, mas todos estão voltados para o mesmo ideal".
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