Luiz Felipe Scolari foi político com os adversários e exigente com a sua seleção ao analisar a primeira fase da Copa. O técnico fugiu das classificações "fácil" ou "difícil" sobre o Grupo A. Pre­fe­riu destacar as virtudes de Croácia, México e Camarões, e cobrar dos brasileiros postura de final desde a estreia, dia 12 de junho, contra os croatas, em São Paulo.

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"Facilidade vai ter se a gente jogar bem. Tem de passar de fase e jogar bem. É jogar como se fosse a final já no primeiro jogo", afirmou Scolari, satisfeito mesmo com a sequência de partidas na primeira fase. "Estrear com uma seleção europeia me agrada. A Croácia tem um futebol diferente, bem jogado. A gente vai adquirindo melhores condições. E este primeiro jogo é equilibrado", comentou.

Será o segundo duelo entre as seleções em Copas. Em 2006, também na estreia, o Brasil venceu por 1 a 0, gol de Kaká. "É um sonho para nós. O mundo inteiro vai assistir. Somos um país pequeno, enfrentando um pentacampeão mundial", comentou o técnico croata, Niko Kovac. "Temos de pegar informações do Brasil, porque não jogou as Eliminatórias", acrescentou.

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O segundo confronto será com o México, dia 17 de junho, em Fortaleza. "O México é sempre difícil", resumiu Felipão.

Recentemente, os mexicanos aplicaram um duro golpe nos brasileiros ao vencerem a final da Olimpíada de 2012, em Londres. Nas últimas dez partidas, foram cinco derrotas do Brasil, um empate e quatro vitórias. Em Copas, porém, o Brasil venceu os três duelos, em 1950, 54 e 62.

Miguel Herrera, treinador dos mexicanos, 20.º lugar no ranking da Fifa em sua 15.ª Copa, comemorou. "É uma chave que, para a forma que jogamos, é muito boa. E o Brasil será um bom parâmetro para sabermos a que aspiramos", avaliou.

O duelo derradeiro da fase inicial será com Camarões, dia 23 de junho, no Estádio Nacional, em Brasília. Para exaltar o adversário, Scolari lembrou que "Camarões tem algumas proezas em Copas", menção ao Mundial de 1990, na Itália, quando o avante Roger Milla liderou os Leões Indomáveis até as oitavas de final.

O treinador dos camaroneses, o alemão Volker Finke, não crê em nova "proeza" da equipe atualmente em 51.º lugar no ranking da Fifa e pela sétima oportunidade na competição. "Com o Brasil não é do mesmo nível. É o grande favorito, contra 200 milhões de pessoas, muitas emoções. Ninguém espera que Camarões vá vencer".

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Em 1994, nos Estados Unidos, as duas seleções jogaram também na largada, placar de 3 a 0 para o Brasil.