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Cinegrafistas tumultuam a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari na Costa do Sauípe | Ricardo Moraes/Reuters
Cinegrafistas tumultuam a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari na Costa do Sauípe| Foto: Ricardo Moraes/Reuters

A opção da Fifa por "fatiar" o sorteio de hoje, abrindo a definição dos grupos pela seleção europeia que irá migrar do pote 4 para o 2, ao lado dos representantes da África e os sul-americanos Chile e Equador, aumentou consideravelmente a possibilidade de o Brasil liderar um grupo da morte, precisando medir forças com dois outros campeões mundiais, um cenário inédito na história das Copas.

Assim, em um chaveamento pra lá de perigoso, as bolinhas poderiam deixar o time nacional ao lado da tetracampeã Itália e da França, tradicional carrasca do Brasil – os franceses ganharam a sua única Copa, em 1998, justamente sobre a turma de Ronaldo e cia., e eliminaram o país também nos Mundiais de 1986 e 2006, ambos nas quartas de final. Foi justamente esta ordem que apareceu no ensaio geral da festa, ontem, na Costa do Sauípe (BA), com o acréscimo da Austrália à chave.

O lugar dos Bleus na ordem hipotética poderia ainda ser herdado pela atual vice-campeã Holanda ou por Portugal, do craque Cristiano Ronaldo. Combinações que parecem não incomodar alguns dos campeões mundiais com a camisa da seleção brasileira.

"Não estou preocupado com quem a gente vai pegar, em que grupo vamos cair. Eles que têm de se preocupar. Vamos jogar em casa, com o apoio da nossa torcida. A seleção vem forte", cravou o ex-atacante Bebeto, campeão nos EUA-94 e integrante do Comitê Organizador Local (COL), responsável por dar as diretrizes no país do evento da Fifa. "Quem quer ser campeão do mundo não pode escolher adversário", emendou Cafu, capitão no título de 2002, também com Luiz Felipe Scolari, no Japão e na Coreia do Sul.

Zinedine Zidane, autor de dois gols no 3 a 0 da França sobre a seleção brasileira em 1998 e um dos principais protagonistas da França no triunfo por 1 a 0 que tirou o time de Carlos Alberto Parreira da Copa de 2006, gostaria de ver os Bleus integrando um grupo forte. Quem sabe com o Brasil. "Nunca há um sorteio bom para todos. Prefiro a dificuldade, jogar contra os melhores para não ter medo", cravou o ex-craque, auxiliar técnico de Carlo Ancelotti no Real Madrid.

Mas, se a sorte ajudar, os pentacampeões podem apenas cumprir tabela na primeira fase, contra rivais inexpressivos como Bósnia, Argélia e Irã. "Mas, ainda assim, e mesmo por jogar em casa, não podemos chamar o Brasil de campeão antecipadamente", cravou o capitão do tri, em 1970, Carlos Alberto Torres.

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