Ao enfrentar Croácia, México e Camarões na primeira fase, o Brasil escapou do temido grupo da morte o time poderia ter ao lado até dois campeões mundiais. Mas o sorteio realizado ontem, na Costa do Sauípe, litoral da Bahia, foi extremamente cruel com a seleção brasileira a partir dos duelos eliminatórios. Só "mata-matas da morte", com Holanda, Espanha, Uruguai, Itália, Inglaterra e Alemanha no possível trajeto da equipe de Luiz Felipe Scolari até a decisão, no dia 12 de julho, no Maracanã. Que poderia ser contra ninguém menos do que a Argentina.
INFOGRÁFICO: Veja as seleções que estão em cada grupo
"Temos de pensar na primeira fase. Não adianta pensar na segunda ou terceira. Quem se preocupa com a segunda esquece a primeira", ressaltou Felipão, cercado por um batalhão de jornalistas que "brigavam" pelo melhor espaço para ouvir o técnico da seleção anfitriã da Copa 2014, na abafada zona mista que sucedeu a cerimônia comandada pela apresentadora global Fernanda Lima e seu marido, o ator Rodrigo Hilbert.
Confirmando o favoritismo e vencendo o grupo A, o Brasil terá pela frente Espanha ou Holanda nas oitavas de final. O adversário sairá muito provavelmente do confronto entre as duas seleções europeias, logo na rodada inaugural do Mundial, dia 13 de junho, em Salvador. Quem perder será automaticamente jogado para o lado brasileiro considerando que os dois finalistas da Copa da África do Sul não percam ponto para o perigoso Chile ou a inexpressiva Austrália.
Oportunidade para vingar a eliminação de 2010 ante a Holanda ou de confirmar os 3 a 0 aplicados sobre a Espanha da final da Copa das Confederações, há seis meses.
A partir daí, quando restarem apenas oito seleções brigando pela Taça Fifa, seria a vez de medir força com os campeões mundiais Itália (4 títulos), Uruguai (2, sendo um deles o Maracanazo de 1950) ou Inglaterra (1). A partida será disputada no Estádio Castelão, em Fortaleza.
Resistindo, o exército de Scolari encontraria a tricampeã Alemanha na semifinal, no Mineirão, em Belo Horizonte. Para finalizar em grande estilo, nada menos do que os vizinhos argentinos na decisão. De ver um clássico Neymar x Messi no Maracanã. Dia de hexa, samba e muita festa. Ou de tri, tango, uma reedição atualizada do Maracanazo, o maior trauma do futebol brasileiro.
"A hora que a bola rola, tem muita surpresa. Tem de entrar respeitando cada adversário. Mas a categoria e a hierarquia no futebol vão prevalecer no final", disse o coordenador técnico do time nacional, Carlos Alberto Parreira. "Primeiro, vamos nos preocupar com esse grupo, depois ver o que fazer", fechou Felipão, adotando a precaução.