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O ônibus da seleção passa próximo à torcida, no contato mais próximo dos fãs com os jogadores na chegada a Brasília. | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
O ônibus da seleção passa próximo à torcida, no contato mais próximo dos fãs com os jogadores na chegada a Brasília.| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo
  • Na lateral do ônibus, o lema da seleção na Copa:
  • O volante Luiz Gustavo observa a reação dos torcedores à passagem da seleção.
  • O atacante Bernard observa a reação dos torcedores à chegada da seleção.
  • Torcedores correm pelo gramado em frente ao hotel para tentar ver os jogadores.
  • Torcedora cai ao tentar uma posição melhor para ver os jogadores.
  • Até mãe com bebê foi tentar ver a seleção em Brasília.
  • Torcedores se concentraram na grade do hotel para tentar ver os jogadores passando pelo saguão.
  • O goleiro Jefferson e o atacante Neymar chegam ao hotel.
  • Fred e Oscar chegam ao hotel da seleção em Brasília.
  • Hernanes, Marcelo e Fred checam seus telefones celulares na chegada ao hotel.
  • O capitão Thiago Silva olha para a direção em que estavam os torcedores.

Chegada da seleção a BrasíliaGritos, correria e lágrimas por um aceno à distância de dentro do ônibus ou do saguão do hotel. Brasília repetiu estritamente o roteiro de todos os deslocamentos da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014.

Cerca de 400 pessoas foram ao Brasília Palace Hotel, próximo ao Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente Dilma Roussef, receber a seleção brasileira, na noite deste sábado (21). Formada na sua maioria por crianças e adolescentes, a multidão carregava cartazes pedindo fotos e autógrafos para os campeões de audiência da equipe: Neymar e David Luiz. Uma jovem, mais espirituosa, carregava um cartaz com a frase "Nossa torcida é do tamanho da bunda do Hulk". E outra segurava um presente que esperava entregar ao meia Oscar.

"É uma almofada, com fotos dele e da mulher. Tem também uma carta para ele e um presente para a Ludimila, filha dele que acabou de nascer", disse a estudante Raissa Visco, de 14 anos, que viajou de Salvador para Brasília com os pais e o irmão para ver o jogo contra Camarões, na segunda-feira (23), e, claro, entregar o presente para o ídolo que passou a admirar na Copa das Confederações do ano passado.

Às 23h09, quando o ônibus escoltado por batedores entrou na rua de acesso ao hotel, Raissa começou a chorar como muitos outros torcedores. Como eles, sacou a câmera fotográfica para registrar os acenos dos ídolos: David Luiz em pé, ao telefone, Bernard e Luiz Gustavo sorridentes na janela, Felipão sério ao lado de Murtosa. E, como todos os torcedores, saiu correndo pelo gramado que separa o hotel da rua para, de uma grade, tentar ver a entrada dos jogadores no saguão.

O deslocamento até a grade foi o momento mais tenso. Alguns torcedores caíram na grama, pais se perderam de filhos. Tudo deixado em segundo plano para tentar ver os jogadores através de um enorme vidro, a cerca de 50 metros de distância. De lá, todos que passavam acenavam, provocando mais flashes e mais gritaria. Um sinfonia que foi baixando lentamente, até meia hora depois da chegada ter ficado claro que os jogadores não se aproximariam do público e o pouco contato era o máximo que eles conseguiriam naquele momento.

A calma restabelecida só era quebrada quando uma câmera de tevê era ligada – e tome gritos de "Brasil! Brasil! Brasil!". Ou quando algum torcedor resmungava por não ter conseguido um contato mais próximo.

"Isso é um absurdo! A seleção chegar e não ter nenhum contato com a torcida! Vou torcer pra Argentina", disse uma senhora. "Quero que o Brasil perca de 5 a 0 para Camarões. Que o Fred quebre a perna e o Neymar se machuque. Vai Uruguai! Vai Argentina!", gritava um menina, com voz de choro, de dentro do carro.

A seleção brasileira terá o próximo contato com o público na tarde deste domingo, no caminho para o Estádio Mané Garrincha. Às 18h30 o time faz treino de reconhecimento do gramado e, depois, falam o técnico Luiz Felipe Scolari e um jogador. O treinador deve confirmar a volta de Hulk no lugar de Ramires como a única mudança na equipe em relação ao empate com o México. O Brasil joga pelo empate para avançar às oitavas de final e pela vitória para ser campeão do grupo.

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