México e Camarões, os próximos adversários do Brasil pelo Grupo A da Copa do Mundo, fazem nesta sexta (13), na Arena das Dunas, em Natal, a segunda partida do Mundial, às 13h. As duas seleções fizeram nesta quinta treinos de reconhecimento no gramado do estádio da capital do Rio Grande do Norte e confirmaram suas escalações.
O time titular mexicano que irá a campo foi mantido em sigilo pelo técnico Miguel Herrera - até a coletiva de imprensa, concedida após o treino no estádio da estreia. Herrera deixará no banco o atacante Javier Chicharito Hernández, do Manchester United, e escalará a dupla de frente com Giovani dos Santos, do Villarreal, ao lado de Oribe Peralta, estrela do Santos Laguna e carrasco da seleção brasileira na Olimpíada de Londres, em 2012
Outra dúvida no time mexicano era o nome do goleiro titular. O escolhido foi Guillermo Ochoa, do Ajaccio. Na entrevista desta quinta, ele confirmou que a decisão foi tomada pelo treinador já no domingo e comunicada ao grupo na segunda-feira, mas Herrera preferiu manter mistério até a véspera da partida.
Mais do que velozes
Pelo lado camaronês, a esperança de uma vitória repousa nos pés e na cabeça de Samuel Etoo. O astro participou de um treino realizado pela equipe também na Arena das Dunas, mas recusou-se a passar pela zona mista, área de conversa com os jornalistas. Etoo deixou o estádio antes mesmo do fim da coletiva do técnico Volker Finke.
Falando pelo time, o alemão Finke pediu para que seja deixada para trás a ideia de que os camaroneses são apenas "velocistas". O técnico fez uma comparação com os estereótipos associados à seleção de sua terra natal. "Também diziam que a Alemanha era apenas jogo físico. Mas isso não é verdade. Desde 2002, pelo menos, jogamos o chamado futebol bonito."
Finke não se aprofundou no desentendimento entre jogadores, governo e federação sobre os prêmios pela participação na Copa do Mundo. O impasse quase provocou uma greve, e a equipe chegou a se recusar a embarcar, atrasando em 12 horas a partida para o Brasil.
Durante a chegada da delegação camaronesa nesta quinta ao estádio, um integrante da comissão técnica - que pediu para não ser identificado - disse que "o problema é a Federação. A Federação é que sempre transforma tudo em política".
Pela vitória
Os dois times consideram a partida crucial para qualquer ambição de seguir adiante no Mundial. O técnico mexicano quer a vitória para evitar que "todas as partidas seguintes virem obrigação".
O veterano defensor Rafa Márquez, do Barcelona, vai para sua quarta Copa do Mundo e usará a braçadeira de capitão na partida desta sexta. Ele falou sobre sua experiência de outros três Mundiais e revelou o que deseja para os companheiros mais jovens de equipe: "Eles devem aproveitar. Aproveitar, ao máximo, essa oportunidade. É uma vitrine para todos nós. Para muitos, é uma oportunidade para subir de nível, para que muitas outras equipes vejam seu nível"
Márquez também disse que se surpreendeu com a recepção dos brasileiros. "Na verdade, ficamos surpresos com o tratamento que recebemos do povo no Brasil. Estamos muito agradecidos, foram todos muito carinhosos".
O capitão mexicano tentou minimizar o efeito do calor pelo horário da partida, afirmando que muitos dos mexicanos já estão acostumados com altas temperaturas e umidade nos jogos que disputam.
Iniciado o treino de reconhecimento na Arena das Dunas, no entanto, menos de 10 minutos haviam se passado quando boa parte da equipe começou a pedir garrafas de água para os auxiliares da comissão técnica.
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