O deputado federal e ex-jogador Romário (PSB-RJ) criticou duramente a transferência de R$ 1,5 milhão da conta da CAP S/A para o Vitória, como garantia da preferência de compra do lateral-direito Léo, que acabou trocando o Atlético pelo Flamengo. A empresa foi criada pelo Furacão para gerenciar as obras da Arena para a Copa do Mundo, mas foi envolvida nesta operação realizada no fim do ano passado.
Em entrevista à ESPN Brasil, na quarta-feira, o parlamentar acusou Ministério Público e Tribunal de Contas de não tomarem providência a respeito e chegou a pedir cadeia ao responsável por executar uma operação dessas com dinheiro público.
"O Atlético abriu uma empresa para receber dinheiro público para obra de estádio e foi comprar um jogador com esse dinheiro que não tem nada a ver. Depositou o dinheiro na conta do Vitória, o dinheiro está lá, o jogador foi para o Flamengo e nada acontece com ninguém. Um cara desses, responsável por essa conta, tem de estar preso, cadeia. Usou dinheiro público para o que não deve, não tem desculpa, é cadeia. Em qualquer lugar do mundo é assim", afirmou Romário.
O Atlético explicou em nota oficial que o dinheiro transferido para o Vitória era, na verdade, referente a um dos empréstimos feitos pelo clube para a CAP S/A. A justificativa foi confirmada pela Fomento Paraná, que já havia detectado a operação na auditoria mensal das contas da obra e alertado que o clube não a repetisse.
O Ministério Público Estadual (MP-PR) enviou, na quarta-feira, um pedido de esclarecimentos ao Atlético, à CAP S/A, ao Vitória e à Fomento Paraná. As partes têm até a próxima quarta-feira (19) para responder.
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