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Concentração do ato começou na Boca Maldita | Henry Milleo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Concentração do ato começou na Boca Maldita| Foto: Henry Milleo/Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Manifestantes fazem discurso na praça de alimentação do Shopping Mueller
  • Motorista de ônibus quase atropelou os manifestantes e houve reação com depredação do veículo
  • Entrada no shopping ocorreu após a dispersão do ato em frente à prefeitura
  • Guarda Municipal interveio no protesto em frente à prefeitura após uma vidraça ser quebrada
  • Ônibus é pichado durante a passeata do grupo pelo Centro de Curitiba

A manifestação contra a Copa do Mundo em Curitiba, que reuniu cerca de 100 participantes e durou quatro horas neste sábado (25), terminou com dois detidos. Desde a concentração, por volta das 17h, até a dispersão do grupo, perto das 21h, o saldo foram vidros quebrados em prédio público, ônibus pichados, de acordo com a Guarda Municipal.

Ambos têm 18 anos e foram encaminhados ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac Sul), no Portão, por flagrante de dano qualificado. Segundo a Guarda, eles foram vistos apedrejando o prédio da Prefeitura de Curitiba. Lá, foram três vidros quebrados.

Na manhã deste domingo, por volta das 12h30, os dois detidos permaneciam presos no 3º Distrito Policial de Curitiba.

Veja mais fotos do protesto

A Polícia Militar só interveio no protesto quando os manifestantes entraram no Shopping Mueller, no Centro Cívico. A assessoria de imprensa da PM não foi encontrada na manhã deste domingo para comentar os desdobramentos da ação.

Caminho

Com gritos de ordem que falam sobre corrupção, capitalismo e negando a continuidade da Copa do Mundo no Brasil, o grupo saiu para uma passeata pela cidade após concentração na Boca Maldita. Sem destino final definido, os participantes começaram a andar pela Rua XV de Novembro

Durante todo o percurso, alguns manifestantes mascarados picharam agências bancárias e colaram cartazes de protestos nas fachadas. No Terminal Guadalupe, houve a primeira confusão. Um ônibus de uma empresa particular de São José dos Pinhais quase atropelou alguns manifestantes que, em contrapartida, arrancaram a placa do ônibus, o limpador de para-brisa e jogaram pedras no veículo. O veículo seguiu viagem, mesmo com as avarias. Com o fato, o grupo ficou mais inflamado.

Na prefeitura, alguns manifestantes picharam o prédio e jogaram pedras nas vidraças. Cerca de quatro viaturas da Guarda Municipal foram ao local para dispersar os manifestantes e dois deles foram detidos por causa do dano. Com a chegada dos guardas, o grupo arrefeceu os ânimos e saiu dali, ainda juntos.

"Rolezinho" no shopping

Na altura do Shopping Mueller, que também fica no Centro Cívico, os participantes mudaram o rumo e entraram no estabelecimento. O grupo se dirigiu para a praça de alimentação, onde foi feita uma fala sobre as obras da Copa e desigualdades entre classes sociais. O grupo fez uma espécie de "rolezinho" e passou pelos corredores. Alguns lojistas fecharam as portas. Frequentadores do local relataram que houve correria em alguns momentos.

No shopping, cerca de 10 homens da Polícia Militar e os seguranças do local negociaram a saída dos manifestantes, que saíram sem oposição.

Protesto contra a Copa

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