A manifestação contra a Copa do Mundo em Curitiba, que reuniu cerca de 100 participantes e durou quatro horas neste sábado (25), terminou com dois detidos. Desde a concentração, por volta das 17h, até a dispersão do grupo, perto das 21h, o saldo foram vidros quebrados em prédio público, ônibus pichados, de acordo com a Guarda Municipal.
Ambos têm 18 anos e foram encaminhados ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac Sul), no Portão, por flagrante de dano qualificado. Segundo a Guarda, eles foram vistos apedrejando o prédio da Prefeitura de Curitiba. Lá, foram três vidros quebrados.
Na manhã deste domingo, por volta das 12h30, os dois detidos permaneciam presos no 3º Distrito Policial de Curitiba.
A Polícia Militar só interveio no protesto quando os manifestantes entraram no Shopping Mueller, no Centro Cívico. A assessoria de imprensa da PM não foi encontrada na manhã deste domingo para comentar os desdobramentos da ação.
Caminho
Com gritos de ordem que falam sobre corrupção, capitalismo e negando a continuidade da Copa do Mundo no Brasil, o grupo saiu para uma passeata pela cidade após concentração na Boca Maldita. Sem destino final definido, os participantes começaram a andar pela Rua XV de Novembro
Durante todo o percurso, alguns manifestantes mascarados picharam agências bancárias e colaram cartazes de protestos nas fachadas. No Terminal Guadalupe, houve a primeira confusão. Um ônibus de uma empresa particular de São José dos Pinhais quase atropelou alguns manifestantes que, em contrapartida, arrancaram a placa do ônibus, o limpador de para-brisa e jogaram pedras no veículo. O veículo seguiu viagem, mesmo com as avarias. Com o fato, o grupo ficou mais inflamado.
Na prefeitura, alguns manifestantes picharam o prédio e jogaram pedras nas vidraças. Cerca de quatro viaturas da Guarda Municipal foram ao local para dispersar os manifestantes e dois deles foram detidos por causa do dano. Com a chegada dos guardas, o grupo arrefeceu os ânimos e saiu dali, ainda juntos.
"Rolezinho" no shopping
Na altura do Shopping Mueller, que também fica no Centro Cívico, os participantes mudaram o rumo e entraram no estabelecimento. O grupo se dirigiu para a praça de alimentação, onde foi feita uma fala sobre as obras da Copa e desigualdades entre classes sociais. O grupo fez uma espécie de "rolezinho" e passou pelos corredores. Alguns lojistas fecharam as portas. Frequentadores do local relataram que houve correria em alguns momentos.
No shopping, cerca de 10 homens da Polícia Militar e os seguranças do local negociaram a saída dos manifestantes, que saíram sem oposição.
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