Cornélio Procópio A presença do Coritiba em Cornélio Procópio serviu para que os torcedores locais matassem a saudade de um time profissional. Desde a extinção do Comercial, há 13 anos, o futebol para a população da abafada cidade do Norte paranaense se resumiu a algumas partidas amadoras ou às transmissões de tevê nos domingos à tarde. Nem mesmo a preferência pelas grandes equipes de São Paulo ou a fraca campanha do Coxa neste início de Estadual diminuem a empolgação da torcida. Basta o Alviverde pisar no gramado do Ubirajara Medeiros para que o estádio vá ao poucos se enchendo de curiosos. Nem o sol forte atrapalha.
Ainda se familiarizando com o novo elenco alviverde, é comum quem se atrapalhe para identificar os jogadores. No treino de ontem pela manhã, teve gente chamando o volante Peruíbe de Alan Bahia (Atlético), e outros preocupados com a ausência de Renaldo. Ou Reinaldo como, teimam em se referir ao pangaré-puro-sangue. Tudo com muito bom-humor. "A cidade de Cornélio Procópio é apaixonada por futebol. Você não imagina a falta danada que um time profissional faz", comentou o comerciário Antônio Francisco Barbosa, apaixonado pelo Palmeiras, mas simpatizante do Coritiba. "Os dois são verdes", apressa-se em explicar, enquanto mostra para o filho de 13 anos quem é o técnico Márcio Araújo.
A desilusão de Antônio e do pequeno Bruno, contudo, pode estar preste a acabar. O secretário de esportes do Município, Joaquim Antunes, o Quinzinho, negocia com a empresa Super Fute a reativação do Comercial. "Cornélio tem tradição no futebol, mas a cidade não possui recursos. Por isso retomamos alguns contatos com possíveis parceiros", disse o político. Cornélio Procópio agradece.