Eltinho abre os braços e vai para a galera comemorar o gol contra o Ypiranga: time não jogou bem, mas se garantiu na próxima fase da Copa do Brasil| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Coritiba 2x0 Ypiranga

Coritiba: Édson Bastos; Jonas, Pereira, Émerson e Eltinho (Lucas Mendes); Leandro Donizete (Willian), Léo Gago, Rafinha, Davi (Tcheco) e Marcos Aurélio; Bill. Técnico: Marcelo Oliveira.

Ypiranga: Luís Carlos; Thiago Gasparino, Glauco, Mateus e Branco (Cassiano); Pansera (Elcimar), João Paulo, Gilvan (Sylvestre) e Giovani; Rafael Santiago e Pereira. Técnico: Agenor Piccinin.

O jogo: O Coritiba parou na marcação do Ypiranga-RS no início do jogo. O time gaúcho, em contragolpes, chegou a assustar o goleiro Édson Bastos. O Alviverde só começou a jogar quando os visitantes deram espaço. Eltinho fez o primeiro, ao se deslocar pelo lado direito. Também em contra-ataque, Rafinha ampliou.

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Clube anuncia reforço e renovação

O Coritiba anunciou ontem, an­­tes do sofrido triunfo sobre o Ypi­­ranga, dois reforços para o meio de campo do time – um novo e um já velho conhecido da torcida. O baixinho Éverton Ribei­­ro, ex-Corinthians e São Caetano, foi apresentado oficialmente à imprensa. Ao lado dele estava o angolano Ge­­raldo, que teve seu contrato renovado por dois anos. Ambos têm 1,69 m de altura.

Ernesto Pedroso, integrante do G9 coxa-branca, elogiou os dois atle­­tas. "Ele [Geraldo] fez dois gols decisivos para nós ano passado [final do Paranaense e no jogo do acesso à Série A], não nos custou nada e se sobressaiu. Tínhamos muito interesse que ele permanecesse", comemorou ele, que também ressaltou a contratação do ex-jogador do Azulão. "Ele nos fez um mal terrível no ano passado", cravou, lembrando das partidas pela Série B de 2010, quando Éverton se destacou justamente contra o Alviverde. Em ambas as negociações, o Coritiba comprou parte dos direitos econômicos dos atletas.

Seguindo rumo contrário, o za­­gueiro Demerson foi emprestado para o Botafogo-SP até o fim do Paulistão.

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Foi com a arma do adversário, o contra-ataque, que o Coritiba cumpriu sua missão ontem, no Couto Pe­­reira, e avançou à segunda fase da Copa do Brasil. A vitória por 2 a 0 sobre o Ypiranga-RS, construída em jogadas rápidas no segundo tempo e concluída por Eltinho e Rafinha, en­­tretanto, não veio da maneira que o torcedor esperava.

Apesar de enfrentar um rival desfalcado e abalado pela eliminação no Gauchão, o Alviverde, especialmente no primeiro tempo, ficou muito aquém daquele que deu espetáculo no Atletiba do último domingo.

O jogo de ontem, que poderia ter sido evitado com um gol no jogo de ida, quase se tornou um problema para o planejamento coxa-branca. Mesmo com a vantagem do empate, o time foi apático e com pouca inspiração.

"A orientação não foi essa", admitiu o técnico Marcelo Oliveira. O comandante argumentou que o cansaço e a pouca criatividade do time foram os responsáveis pelo desempenho abaixo do normal. "O adversário impôs uma marcação forte, com muitas faltas. Dei­­xamos de fazer jogadas de velocidade [no primeiro tempo]. Mas fica a lição", alertou.

O gol de Jonas, o único do duelo da última semana em Erechim, fez com que o Canarinho se abrisse na etapa complementar. Assim apareceu o espaço necessário para as jo­­gadas que definiram o jogo.

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Os gols, no entanto, poderiam ter vindo antes. O árbitro paulista Milton Etsuo Ballerini marcou pênalti quando o zagueiro Glauco colocou a mão na bola dentro da área. Depois de conversar com os auxiliares, erroneamente, voltou atrás.

Com ou sem falha da arbitragem, a atuação não agradou. "A gente não fez a marcação em cima como no jogo contra o Atlético e eles começaram a gostar. Esse não é o futebol do Coritiba", reclamou Eltinho, lembrando que os visitantes até acertaram uma bola no travessão na etapa inicial.

O próximo confronto na Copa do Brasil será contra o vencedor de Brusque-SC e Atlético-GO. Na pri­­mei­ra partida, os catarinenses ven­­ceram em casa (3 a 2). A volta se­­­­rá disputada na próxima semana.

Antes disso, no fechamento do turno do Paranaense, a parada é contra o Cianorte. Com três jogadores suspensos (Léo Gago, Pereira e Eltinho), a tendência é que um time misto entre em campo no Interior.

"Vamos definir isso amanhã [hoje], mas é possível que sim. É justo. Eles não só jogaram 13 partidas direto, mas não tiveram folga no intervalo. Vamos poder observar, fora dos treinos, quem não estava jogando", fechou o treinador, que contra o Ypiranga colocou em campo a mesma formação pela quinta vez seguida.

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