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Isolado na frente, restaram ao centroavante Betinho as trombadas e as disputas pelo alto com a zaga do Duque de Caxias | Denis Ferreira Netto / Futura Press
Isolado na frente, restaram ao centroavante Betinho as trombadas e as disputas pelo alto com a zaga do Duque de Caxias| Foto: Denis Ferreira Netto / Futura Press

Joinville

Coritiba 0 x 2 Duque de Caxias

Coritiba

Vanderlei; Ângelo (Renatinho), Jéci, Pereira e Lucas Mendes; Leandro Donizete (Enrico), Marcos Paulo (Andrade), Rafinha e Dudu; Marcos Aurélio e Betinho.

Técnico: Ney Franco

Duque de Caxias

Lopes; Marquinho, Marlon, Edson e Gleidson; Mancuso (Danilo), Leandro Teixeira, Juninho (Léo Guerreiro) e Leandro Chaves; André Luís (Amaral) e Somália.

Técnico: Gílson Kleina

Estádio: Arena Joinville. Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)

Gols: André Luis (DC) aos 27/1.° e Somália (DC) aos 39/1.°. Amarelos: Lucas Mendes (C); Somália, Juninho e Marquinho (DC). Vermelhos: Lucas Mendes (C) e Somália (DC). Público: 795 pagantes (1.587 total). Renda: R$ 10.595,00.

Sonolenta, mole, desinteressada, desatenta... Escolha a definição para mais uma atuação do Coritiba na Série B. Mais um vexame: 2 a 0 para o Duque de Caxias (agora em 15.° na competição), que transformou o acidente em Ipatinga em sinal de alerta.

Outrora líder, o Coxa caiu para a segunda colocação, atrás justamente do próximo adversário, o Figueirense. Só não foi para terceiro porque o Paraná buscou um empate contra o São Caetano. É o dinamismo do futebol: de imbatível e invejado, o Alviverde passou a conviver com o fantasma de 2006, quando liderou, liderou, e não subiu.

Antes do jogo, o discurso era pró-recuperação. Havia até uma certa comemoração pelo fato de a partida ser logo depois do 5 a 1 para o Ipatinga, em Minas Gerais. Poupado no sábado, Marcos Auré­­lio era visto como a resposta para apagar a má imagem. "Eu vejo um Coritiba forte em campo, com o Marcos Aurélio, principalmente", projetava o técnico Ney Franco. Mas não foi o que se viu. O primeiro chute a gol dado pelo Coxa veio com Dudu, com mais de 10 minutos no segundo tempo. Nisso, o placar já estava 2 a 0 para o Duque, que mandou na partida e poderia ter deixado tudo ainda pior – se é que este conceito se aplica na situação.

"A gente deu mole... Co­­me­­temos o mesmo erro de Ipatinga, saímos para empatar e deixamos desprotegido ali atrás", disse o capitão Jéci. Logo ele, que acabou protegido pelo árbitro Elmo Rezende, aos 21 minutos do segundo tempo, quando fez um pênalti que acabou não marcado, para sorte do Coxa. Os 795 pagantes (metade do público total) que acompanharam a equipe em mais um jogo em Joinville, vaiaram. E tiveram de se contentar com as explicações.

"Vamos buscar lá fora. Nosso time é o líder, não faltou confiança. É um campo horrível, graças a Deus está terminando essa maratona", disse o meia Rafinha; "Nossa equipe não esteve bem", admitiu o goleiro Vanderlei; "O que dá para falar é que, de positivo, foi a entrega. Estamos muito desgastados. Eu peço apoio da nossa torcida porque a gente está no G4 ainda. Tem de ter paciência. Mas já queimamos a gordura que tinha para queimar. Quem tem que pagar é o Figueirense", analisou Jéci, tentando manter a cabeça fria após mais um desastre.

O jogo

O Coritiba escapou de outra goleada. O Duque de Caxias foi melhor desde o começo, enquanto o Coxa assistia à boa marcação e troca de passes do time carioca. Em uma bela jogada de Marquinho nas costas da zaga, André Luís abriu o placar. Ainda no primeiro tempo, em um contra-ataque pela direita, Gleidson deixou Somália a caráter para fazer o segundo. Após o intervalo, a reação não aconteceu. Foi o Duque quem acertou duas bolas na trave, perdeu um gol feito e ainda reclamou um pênalti.

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