O futebol brasileiro passa por um momento nitidamente de transição. Para o bem ou para o mal, pois diante do caos na arbitragem, do péssimo estado de quase todos os gramados e do baixo nível técnico da maioria das equipes, a tendência é que as coisas não melhorem a curto prazo.

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O São Paulo fez o chamado "negócio da China" com a venda de Lucas por R$ 108 milhões: foi muito dinheiro para um jogador que ainda é apenas uma promessa e nem sequer conseguiu a titularidade na frágil seleção olímpica nacional. Antigamente, os paulistas vendiam bondes aos mineiros e, hoje em dia, começaram a vender bondes para os árabes incautos e endinheirados que assumiram o controle do Paris Saint-Germain.

Oscar foi outra negociação importante, só que nessa quem perdeu foi o Internacional, cujo meio de campo desmoronou com a saída do garoto que já começa a brilhar no Chelsea. Mas não foi só isso: a diretoria do Colorado gaúcho tem cometido tantos equívocos – contratações de Forlán, Rafael Santos e outros jogadores caros que não se firmam no time –, além da inexplicável troca do competente Dorival Júnior pelo principiante Fernandão, sem esquecer, é claro, que vira e mexe e a dupla de zaga está composta pelos sofríveis Bolívar e Índio.

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Para um clube que investiu tanto dinheiro na formação do elenco, a apresentação frente ao Coritiba foi absolutamente decepcionante e o Inter deveria ter saído de campo com placar mais elástico.

Ganso continua, literalmente, pisando na bola e acabou vaiado pela torcida do Santos, que atirou moedas sobre a sua cabeça ao final do jogo em que o Bahia venceu em plena Vila Belmiro. Mal orientado por pessoas gananciosas, Ganso corre o risco de ficar no limbo, já que se trata de um jogador com custo muito elevado em contraste pelo pouco que tem mostrado em campo. Mas o presidente do São Paulo está louquinho para fazer mais uma besteira depois dos irregulares Paulo Miranda e Rafael Tolói. Quando um dirigente ou um jogador é criticado pela quase totalidade da mídia e acha que está certo, seria correto dizer que o fracasso lhe subiu à cabeça.

Rodada

Hoje, se jogar de forma mais compenetrada e mais organizada do que na péssima exibição frente ao Joinville, o Atlético poderá surpreender o Ipatinga, penúltimo colocado. Em um campeonato tecnicamente tão medíocre, se o Furacão, com o maior orçamento da Série B, não conseguir sucesso, a diretoria terá muito o que explicar à sofrida torcida. Amanhã, recebendo o Goiás, que está se segurando no grupo de acesso, o Paraná terá de recuperar o melhor futebol para dar uma satisfação ao torcedor que for à Vila Capanema. Domingo, o Coritiba tentará administrar o desespero do Botafogo, que gastou uma baba e não consegue decolar. Todos estão de olho na defesa, que se saiu bem no jogo passado.

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