A assembleia-geral da Federação Paranaense de Futebol, marcada para o dia 1.º de setembro, é a senha para a mudança do Coritiba do Alto da Glória para o Tarumã. Aprovada a venda da área do Pinheirão pelos clubes filiados à entidade, um grupo de investidores planeja despender cerca de R$ 1 bilhão no empreendimento que envolve a nova morada alviverde.
A construção da praça esportiva é somente parte do projeto um gigante complexo imobiliário , que, para sair do papel, depende da triangulação entre a FPF, o Coxa e os investidores. A origem do dinheiro, asim como o nome da empreiteira, são mantidos em sigilo.
O Coritiba, naturalmente, segue próximo das negociações. Para alterar seu endereço, cederia o terreno do Couto Pereira. A novidade é que, ao contrário da informação inicial, não seria necessário comprometer receitas futuras, como a de bilheteria, por exemplo.
Não empenhar o caixa por um longo período era a principal preocupação de Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente coxa-branca, para embarcar no projeto. Desde que assumiu o clube, o dirigente não esconde o sonho de dar ao torcedor alviverde uma nova casa.
Até a conclusão da obra, o time continuaria mandando as suas partidas no Alto da Glória. A ideia é erguer um estádio no Tarumã para 45 mil pessoas, ao custo de R$ 440 milhões, aproximadamente. Em um primeiro momento, o Alviverde relutou em aceitar a construção no rígido padrão do caderno de encargos da Fifa para o Mundial, de manutenção muito cara. Mas acabou convencido.
Há pouco mais de um mês, a área onde o Pinheirão está localizado foi avaliada em R$ 42 milhões pela Câmara de Valores Imobiliários do Paraná. A aferição considera somente o terreno, até porque a edificação está extremamente deteriorada e não possui valor relevante.
Mas, para a venda do maior símbolo da Era Onaireves Moura no futebol paranaense, o valor deve passar de R$ 80 milhões. Quantia suficiente para cobrir as dívidas da FPF, calculadas em cerca de R$ 50 milhões, com IPTU, INSS e Atlético.
O presidente da Federação, Hélio Cury, vai para a reunião do dia 1.º de setembro ciente do plano. Além dele, participantes da iniciativa já estiveram reunidos com o Ministro do Esporte, Orlando Silva, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci.
Mesmo com essas conversas, a ideia de se tratar de um "plano B" para a Copa do Mundo no Brasil é fortemente rejeitada pelos envolvidos. Apesar disso, o estádio pode acabar se tornando uma alternativa, caso a Arena não seja concluída.
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