Marcos Aurélio
Apesar de não aguentar fisicamente o jogo inteiro, Marcos Aurélio irá enfrentar o Cruzeiro, amanhã, em Sete Lagoas. Ele disse ontem que está fazendo o possível para readquirir o melhor condicionamento, reduzindo a alimentação. "Estou fazendo uma dieta porque ganhei peso devido à lesão", afirmou o atacante.
Além da movimentação constante e da qualidade na finalização, a manutenção da posse de bola e o passe foram fundamentos determinantes para que o início de ano do Coritiba tenha sido arrasador. Enquanto a posse de bola está totalmente sob controle, o número de passes equivocados durante as primeiras cinco partidas do Brasileirão está aquém do apresentado no Paranaense e na Copa do Brasil. Ao menos aparentemente.
Segundo estatísticas do site Footstats, o Alviverde é o segundo time que mais erra passes no campeonato só falha menos do que o Atlético-GO. Até o jogo contra o Botafogo, na última rodada, foram 208 equívocos nesse fundamento, resultando em uma média de 41,6 por partida. Na Copa do Brasil, a média fechou em 33,5 por jogo.
Os acertos, porém, também entram na conta para justificar os erros. Até o momento, o Coritiba tocou 1.456 vezes sem errar, número equivalente a 291,2 por partida. Média superior à que o levou ao vice-campeonato da Copa do Brasil (240,3).
Em resumo, os dados evidenciam uma tendência natural da forma com que o Alviverde age durante os jogos: está errando mais porque está passando mais. E é justamente nessa lógica que o técnico Marcelo Oliveira se apoia para considerar a estatística como algo "normal" e "coisa" de jogo.
"O Coritiba tem um passe muito bom. Pode melhorar, claro. No treinamento, chamei a atenção para isso. Mas em 400 passes em um jogo, vai errar mesmo um ou outro. Pode-se melhorar sempre, mas não é uma dificuldade que temos", argumentou o treinador.