O Coritiba deu ontem mais um importante passo no projeto de potencializar os ganhos técnicos e especialmente financeiros com a categoria de base. O clube finalizou a compra do terreno que irá abrigar o novo centro de treinamentos alviverde, em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.
O negócio girou entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões (não confirmado oficialmente). O terreno, de 450 mil m², é quase seis vezes maior do que o CT da Graciosa. A área fica a 21 km de distância do Couto Pereira e a expectativa é de que a mudança para lá inicie no fim de 2012.
"Estudos dizem que, em média, apenas 4,8% dos jogadores de base tornam-se profissionais. O resto perde-se no caminho. Queremos aumentar essa conta e fazer do clube uma ponte de venda de jogadores", ressalta Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente coxa-branca, estimando o retorno do investimento em cinco anos.
A partir de agora o Coxa segue um longo cronograma. O primeiro passo é burocrático e tem relação com aprovação da prefeitura e dos órgãos ambientais. Já o segundo, mais importante, diz respeito aos recursos para a concretização da obra.
"Pode ir de R$ 15 milhões a R$ 50 milhões, dependendo do que vai ser feito. Com hotel, alojamento de primeiro mundo, é um preço. Se tiver apenas os campos, as áreas de preparação física e os vestiários, é outro", explica o vice-presidente do clube.
Das opções estudadas, a mais forte é que o novo CT (ainda sem nome oficial) seja bancado por investidores estrangeiros neste caso, o governo do Catar é o candidato mais próximo do acerto. O projeto desenvolvido para o terreno atual leva em consideração, inclusive, hábitos da cultura islâmica e cita o intercâmbio de atletas do país-sede da Copa de 2022.
Na pior das alternativas, o valor da venda do atual complexo alviverde (aproximadamente R$ 15 milhões) seria reinvestido na obra. A Lei de Incentivo ao Esporte também poderia gerar receita. De concreto, já se sabe que R$ 3 milhões (sem fonte revelada) serão destinados à construção de dez campos de futebol.
"É um investimento de R$ 300 mil por campo, algo que não é nenhum absurdo. A área é plana e por isso vamos mexer muito pouco na terra", diz Andrade.
Segundo ele, tudo será funcional, visando um baixo custo administrativo. Assim que o mínimo necessário estiver pronto, o clube deve fazer a transição, mesmo que com obras incompletas. Em uma segunda fase, os sócios teriam uma sede campestre no local.
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