Nas últimas semanas, várias empresas anunciaram a revisão de investimentos nas equipes de Fórmula 1. O banco Credit Suisse já não mais patrocina a BMW, a financeira de matriz holandesa ING reduziu suas ações com a Renault e o grupo islandês Baugur desfez a parceria com a Williams, dentre outras perdas, para não se mencionar a saída da Honda, em dezembro. Definitivamente, a crise chegou à Fórmula 1.
"Não somos uma ilha imune à conjuntura mundial, mas os fãs podem ficar tranquilos que a Fórmula 1 sobreviverá sem dificuldades", afirmou Bernie Ecclestone, promotor do espetáculo. De fato, as nove escuderias inscritas na temporada que começará no dia 29 de março, na Austrália, reafirmaram sua participação no campeonato.
O que nem todos sabem é que foi a ação rápida e decisiva dos líderes de algumas equipes que está permitindo que a Fórmula 1 siga seu curso, ainda que bastante revisto em relação ao que fez em mais de meio século de história. "Conseguimos diminuir em cerca de 30% as nossas despesas", afirmou Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari e da Associação as Equipes de Fórmula 1, Fota.
O presidente da FIA, Max Mosley, por seu lado, recorreu às suas prerrogativas para estabelecer normas que se contrapõem às máximas de marketing do evento. Mosley, por exemplo, proibiu os testes durante o campeonato. Frank Williams, sócio da escuderia mais afetada com a recessão, confirmou que se não fosse a mobilização histórica da Fota, "a Williams teria imensas dificuldades para seguir na Fórmula 1". Ele não está associado a nenhuma montadora.
Outro aspecto fundamental que está garantindo a continuação da Fórmula 1 é o aumento no repasse de verbas da Formula One Management (FOM), controlada por Ecclestone. As equipes estenderam o acordo que rege sua relação com a FOM, o Acordo da Concórdia, até o fim de 2012, em troca de substancial revisão nos valores. A campeã do mundo, Ferrari, por exemplo, leva para casa cerca de US$ 100 milhões, o que, somado ao orçamento mais enxuto, agora, tornou viável a participação no campeonato.
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