Mano Menezes talvez até já tivesse se esquecido de Ronaldinho Gaúcho. Mas, assim como Kaká, que, depois de um ano de ostracismo no Real Madrid, começa a demonstrar o seu velho futebol, vai ter de colocar o nome do armador do Galo novamente na planilha de convocáveis. E não só ele.
A partida entre Atlético-MG e Fluminense demonstrou que o técnico da seleção precisa ver com melhores olhos alguns nomes. A começar pelo gol. Enquanto Jefferson, Diego Alves e Rafael não deram até agora a segurança de que um arqueiro da seleção exige, Diego Cavalieri demonstra a cada dia que é o melhor goleiro do Brasil já há algum tempo. Mesmo assim, nem sequer foi testado. As defesas da partida no Estádio Independência, domingo, o melhor confronto do Brasileirão até agora, só reforçam que passou da hora de o goleiro do Flu vestir a camisa da seleção.
Fred, que fracassou completamente na Copa América da Argentina, no ano passado, também prova a cada dia que tem de estar entre os convocados. Cometeu o erro de criticar o treinador, dizendo que não tem mais expectativa de ser convocado por Mano um erro que pode custar o futuro dele na equipe nacional. Mas, pelo futebol, merece.
E a perspectiva é de que o problema para Mano Menezes só aumente até a Copa do Mundo. Se comprovar a motivação que vem demonstrando no retorno ao Alto da Glória, Alex é outro que pode entrar na lista de retornados à seleção. Assim como Ronaldinho Gaúcho, com quem o meia já fez uma bela dupla com a camisa amarela. Futebol para isso ele tem.
Maracanã
O governo do Rio de Janeiro divulgou ontem que os clubes cariocas não poderão participar da licitação para escolher quem vai administrar o Maracanã nos próximos 35 anos, ao custo de R$ 714 milhões. Somente empresas poderão se candidatar à concessão do estádio. O que leva à pergunta: se nem o estado e nem os clubes poderão gerir o velho Mario Filho, será que os times cariocas terão liberdade para jogar sempre que quiserem na mais famosa casa dos torcedores do Rio?
Doping
A investigação do ciclista Lance Armstrong, que perdeu todos os títulos conquistados entre 1999 e 2005 por doping, incluindo sete Voltas da França, a competição mais importante da modalidade, tem de ser estendida a mais atletas de alto nível, incluindo muitos que já se aposentaram. Amostras guardadas há anos em laboratórios, conforme prevêm as regras antidoping, ainda podem revelar muitas irregularidades que nem sequer eram imaginadas anos atrás.