Copenhague - Um rei do futebol, um presidente popular, um banqueiro, um escritor famoso no mundo inteiro, campeões do esporte e políticos. A delegação brasileira que festejou ontem, em Copenhague, a vitória do Rio, incluía mais de cem pessoas. Nem todos acreditavam no projeto no início, como admitiu o próprio Paulo Coelho. Mas poucos seguraram as lágrimas com o histórico sucesso do Brasil.
A composição foi cuidadosamente estudada. O Rio contratou uma equipe internacional para montar sua estratégia de campanha, sua relação com a imprensa internacional e até mesmo os contatos com governos estrangeiros.
O profissionalismo da candidatura levou os brasileiros a um novo nível de organização. Pelé foi impedido de falar na apresentação final do projeto brasileiro, mas sentou-se ao lado do presidente Lula. O Brasil ainda utilizou quatro idiomas para falar com os membros do COI. E as imagens eram de um país sem favelas, sem crime, sem pobreza, sem degradação ambiental e até sem trânsito.
Outra marca importante foi a inclusão do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, como um dos pilares da campanha por votos. O objetivo era claro: dar tranquilidade aos investidores internacionais. Mas o grupo ainda tinha três ministros Orlando Silva (Esporte), Tarso Genro (Justiça) e Luiz Barreto (Turismo) , o governador do Rio, Sérgio Cabral, o prefeito, Eduardo Paes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer. Ainda foram chamados esportistas de renome internacional, como Torben Grael, Gustavo Kuerten, Hortência, Daiane dos Santos e César Cielo.
Para os atletas, o momento era de festa. "Eu falei que iríamos vencer", gritava Pelé, enrolado em uma bandeira do Brasil. "Todos os atletas no Brasil serão beneficiados. A formação de atletas ganhará uma nova dimensão", afirmou Gustavo Kuerten. "Eu vou querer nadar e ganhar medalhas em casa", anunciou César Cielo, lembrando que terá 29 anos em 2016.
Desafiados, governadores da oposição refutam culpa pela inflação e antecipam debate de 2026
Trump muda jogo político da Europa e obriga países a elevarem gastos com defesa
Preço dos alimentos não cai com ameaças, mas com responsabilidade
A inflação do grotesco: três porquinhos são deixados para morrer em exposição
Deixe sua opinião