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Marcos Guilherme lamenta lance perdido no Couto Pereira. Furacão volta a olhar para trás no Brasileirão | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Marcos Guilherme lamenta lance perdido no Couto Pereira. Furacão volta a olhar para trás no Brasileirão| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Opinião

Quarto técnico na temporada, Claudinei tem culpa mínima

Fernando Rudnick

Quarto treinador da temporada (contando com o auxiliar Leandro Ávila), Claudinei Oliveira tem 29% de aproveitamento à frente do Atlético. Duas vitórias, um empate e cinco derrotas – a última para o rival Coritiba, ontem, no Couto Pereira. Retrospecto muito pior do que o de Doriva, por exemplo, demitido no fim agosto após oito jogos e desempenho de 45%.

Não fosse Claudinei o quarto técnico atleticano em 2014, ele já teria sido sumariamente demitido pela diretoria, acredito eu. E agora, com 12 partidas até o fim do campeonato, vale a pena demitir mais um?

A resposta é não. A culpa de Claudinei é mínima. Trazer um novo comandante a essa altura do campeonato não trará mais benefícios do que manter o atual. Seu trabalho, apesar de inconsistente, não é ruim. Falta um pouco de sorte. Sorte que não apareceu no Atletiba. Mas ainda pode aparecer, se deixarem.

Além de aumentar a gangorra atleticana no segundo turno do Brasileiro, a derrota no clássico para o Coritiba ontem, por 1 a 0, aproxima o time de Claudinei Oliveira perigosamente da zona de rebaixamento. Pela primeira vez desde a oitava rodada do campeonato, quando ficou a três pontos da ZR depois do empate com o São Paulo, o Rubro-Negro, que soma 31, está tão perto da degola. A distância atual é de quatro pontos.

Apesar da instabilidade, o capitão Weverton pede tranquilidade. Segundo o goleiro, a hora é de ter ‘cabeça no lugar’. "O time jogou bem, mas não fez os gols. Temos de ter tranquilidade, não podemos nos desesperar, o desespero maior é de quem está na zona", falou o camisa 12, que não teve como evitar o único gol do duelo, em um linda finalização de Helder, aos 20 segundos do segundo tempo.

"Tivemos chances de sair na frente, infelizmente não fizemos, agora temos de ter tranquilidade e paciência para seguir nosso trabalho. A gente sabe que está todo mundo embolado ali no meio da tabela e temos de encaixar uma sequência boa para escapar desse risco", completou.

O desejo do arqueiro, no entanto, não tem sido tarefa fácil para os rubro-negros. O time não encaixa uma sequência de vitórias desde os dois primeiros jogos após a parada da Copa do Mundo, os dois primeiros com Doriva no comando.

Desde então, o clube só conseguiu vencer em três oportunidades: Botafogo, Vitória e Corinthians, todas na Arena da Baixada. No segundo turno, o aproveitamento não passa de 28,5%, estatística que comprova a derrocada na tabela.

O triunfo sobre o Timão antes do clássico, teoricamente, serviria para acalmar os ânimos antes de enfrentar o Coxa. Só que o nervosismo tomou conta assim que o placar mostrou desvantagem. "A gente sentiu um pouco [o gol], mas buscamos o empate até o final. Infelizmente ele não saiu", lamentou o volante Hernani.

As chances perdidas, especialmente por Marcelo e Douglas Coutinho, fizeram falta. No segundo tempo, o Atlético se valeu apenas de bolas levantadas na área -- o zagueiro Cleberson até acertou o travessão.

A partir de agora até quarta-feira, às 19h30, contra o São Paulo, no Morumbi, o Furacão já faz contas do que precisa para se afastar da degola. "Dos próximos seis jogos, teremos quatro partidas fora de casa", diz Claudinei. "Teremos mais dificuldade para pontuar, mas nada impede que possamos vencer qualquer adversário dentro ou fora de casa. Temos que dar confiança aos nossos atletas e buscar vitórias nos próximos jogos", pediu.

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