Sub-20 do Coxa, campeão estadual em 2009, é uma das apostas para 2010| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo
O procurador-geral do STJD Paulo Schmitt deve apresentar denúncia contra Manoel e Danilo na segunda-feira
Apoio dos torcedores, como no abraço ao Couto, será crucial para voltar à elite
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1 - Amenizar a punição imposta pelo STJD – o primeiro grande desafio da nova gestão alviverde será reduzir a pena de perda do mando de campo em 30 jogos e multa de R$ 610 mil no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O julgamento no pleno deverá ocorrer no fim de janeiro, começo de fevereiro. Para isso, o Alviverde acredita que apenas a troca dos jurados será suficiente. De acordo com o advogado coxa no Rio de Janeiro, José Mauro Couto Filho, "será a mesma linha de defesa. O resto eu complemento na tribuna". De alento, a lembrança de que o magistrado já conseguiu bons resultados no pleno. Vale lembrar o caso do banheiros químicos queimados pela torcida do Grêmio em um Grenal, em 2006. Primeiro o time gaúcho pegou oito jogos de punição. No recurso a pena caiu para três. Se for assim, o Coxa soltará foguetes.

2 - Manter a torcida mobilizada em torno do clube mesmo fora do Couto Pereira – o lema da nova gestão é de que não serão apenas nove pessoas que vão conseguir se reerguer o Coritiba sozinho. Para o grupo quase totalmente renovado, todos o coxas-brancas terão de se unir em torno do objetivo comum, que é o alviverde. Uma das primeiras providências do clube deverá ser uma campanha para chamar o torcedor novamente para próximo do Alto Glória. Como diz Ernesto Pedroso, um dos novos membros do Conselho Administrativo: "Nove não resolve nada para uma torcida de 2 milhões de pessoas. Todos têm de se engajar. Nessa hora, o clima de desgraça ajuda".

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3 - Financeiro – conseguir receita em um ano de verba de tevê reduzida e arrecadação limitada, enxugar gastos e administrar dívidas. Cortar gastos drasticamente e renegociar as dívidas. Essa será a estratégia do Coritiba para conseguir se enquadrar em seu novo orçamento. Além da receita de tevê ter caído pela metade em 2010, boa parte do que sobrou já está comprometido com emprétimos feitos pela gestão antiga de Jair Cirino. Para piorar, o clube imagina um prejuízo próximo do R$ 20 milhões no caso da punição do STJD ser mantida. Dessa forma, o primeiro passo do clube será, literalmente, "passar o chapéu". As abas terão de ser grandes.

4 - Montar um time competitivo com pouco dinheiro – esse desafio é uma questão de interpretação. Time competitivo, na situação atual do Coritiba é um time que possa se manter na Segunda Divisão e ao menos brigar pelo título estadual. Do atual elenco, mesmo quem ainda terá contrato em vigor com o Alviverde, mas tem salários altos, deverá ser negociado. Parceiras não são descartadas. A ideia, em princípio, é montar uma equipe jovem, com os jogadores que ficarem e foram pouco aproveitados, e dois ou três atletas mais experientes.

5 - Aproveitar de maneira eficiente as categorias de base – é o grande dilema da atual gestão. Sem dinheiro, a forma mais fácil e rápida de conseguir equilibrar o caixa seria colocar suas promessas logo para jogar no time de cima e depois vendê-las. Contudo, boa parte da nova gestão admite que essa estratégia pode saurtir efeito inverso se os garotos não estiverem preparados – citam o exemplo de Róger, que subiu no começo do ano e teve de retornar à base. Ao menos no discurso, a intenção é preservar ao máximo os jovens talentos e, no tempo certo, voltar a negociá-los com o exterior de forma direta. Por isso apenas dois ou três atletas deverão subir este ano.

6 - Romper de fato a relação com a Império Alviverde – o presidente Jair Cirino já avisou que irá desalojar a Império Alviverde de sua sede, que pertence ao Coritiba. Também disse que não dará mais ingressos nem subsidiará viagens. Por enquanto são tudo palavras a espera de uma ação mais contundente do clube.

7 - Voltar para a Série A – sorte é a palavra mais usada para o desafio que todo o torcedor do Coritiba gostaria de ver vencido já na próxima temporada. É sorte para que a equipe que estiver em campo encaixe, para que os poucos jogadores que forem contratados deem certo, enfim, para que as poucas balas que o Coritiba tem na agulha atinjam em cheio o alvo mirado. Pelo planejamento, no entanto, o acesso é encarado como uma possibilidade bem mais real para o ano de 2011.

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