‘Descobertas’ de Toninho Cecílio viram trunfo paranista

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Um deles passou 11 anos no exterior e chegou como capitão a uma decisão de competição europeia. Outro desembarcou no clube como um desconhecido, tendo passado por times menores do Nordeste. O que une o volante/zagueiro Vandinho ao lateral-direito Angelo é que ambos são as "descobertas" do técnico Toninho Cecílio na parte final da Série B.

Angelo ganhou uma chance entre os titulares devido a uma lesão de Paulo Henrique. A atuação destacada garantiu sua presença na partida desta sexta-feira (4), contra o Boa, em Varginha, às 21 horas – mesmo com o ex-dono da posição já recuperado da contusão. Aos 24 anos, Angelo vive o principal momento da carreira, que envolve um currículo modesto, com passagens por Jacuipense e Feirense, ambos no interior da Bahia.

"É o que disse quando cheguei. Esta oportunidade é um sonho realizado. Estou crescendo e dando meu melhor. Não era tão conhecido no interior da Bahia e o futebol me deu esta chance de mostrar meu trabalho", afirmou o lateral, ainda um pouco assustado pelos holofotes que ganhou com o novo status.

Certificado pelo treinador Toninho Cecílio, o lateral ganhou um voto de confiança nesta fase de sedimentação da equipe. "O Angelo continua como titular. Neste momento, a gente tem de mexer o mínimo possível na equipe. Ele teve uma grande apresentação na Vila Capanema [na última partida]", resumiu.

Bastante rodado, Van­­dinho virou, no pouco tempo da gestão de Toninho Cecílio – 15 dias –, o principal jogador paranista do ponto de vista tático. Volante de origem, ele também atua de zagueiro, o que permite que o treinador altere a forma de jogar da equipe sem qualquer substituição. "Ele é um jogador-chave. Pode fazer duas funções, à frente e atrás da zaga. Tem experiência para fazer esta leitura. Só temos de melhorar a parte física, pois fez apenas cinco partidas neste ano", afirmou o técnico.

Mais velho do elenco tricolor, com 34 anos, Vandinho jogou por 11 anos no exterior, dez deles em Portugal. Antes de uma pequena passagem pelo futebol do Oriente Médio, o volante/zagueiro carregou a faixa de capitão do Braga no principal momento internacional da história do clube, o vice-campeonato da Liga Europa, a segunda competição interclubes do continente, na temporada 2010/2011. "Ele é, junto com jogadores como Anderson, Lúcio Flávio, Fernandinho e Ricardo Con­­ceição, a referência para o time pela experiência", concluiu Toninho Cecílio.