As diferentes mudanças no comando do Paraná transformaram o perfil da comissão técnica do clube. Ainda no começo da temporada, o ex-zagueiro Ageu deixou o Tricolor. Mais recentemente foi a vez do ex-meia Ricardinho dar adeus. Assim, restou ao ex-lateral Ednélson ser o último dos ídolos paranistas trabalhando na Vila Capanema.
O auxiliar técnico de 42 anos voltou ao time que o revelou como atleta logo depois de encerrar a carreira no Operário de Ponta Grossa em 2005, e foi galgando postos nas categorias da base até chegar ao profissional no ano passado. Agora, ele é o único auxiliar de Toninho Cecílio, treinador há pouco mais de duas semanas no cargo.
"A gente fica meio triste de todos terem ido embora e só ter sobrado eu. Os ídolos permanecem para sempre para o torcedor e é legal trabalhar com gente identificada com o clube", revelou o ex-boleiro.
A ligação de Ednélson com o Paraná é bastante antiga. Criado na base do Colorado, um dos clubes que deu origem ao Tricolor, ele foi lançado antes da fusão, em 1989, pelo técnico Ary Marques. Após a união com o Pinheiros, participou dos primeiros títulos do novo clube. Em 1995, passou seis meses no Remo do Pará, ganhando o mundo em seguida. O lateral-esquerdo passou pelo Criciúma, pela Inter de Limeira até chegar ao Malutrom, onde conquistou os Módulos Verde e Branco da Copa João Havelange em 2000. Terminou a longa carreira na zaga.
A transição do Ednélson-jogador para o Ednélson-auxiliar foi pensada ainda antes de pendurar as chuteiras, revela ele. "Quando estava pensando em parar, já fiz o curso do Cref [Conselho Regional de Educação Física] para não formados. Assim que cheguei à base do Paraná, comecei o curso de Educação Física na Universidade Tuiuti. Fui subindo as categorias e estou desde o ano passado no profissional, aprendendo com cada um dos técnicos que passaram por aqui", explicou ele, que se formou no ano passado.
No futuro, não descarta um voo solo como treinador. "Ainda é cedo, pois só tenho um ano de profissional. Estou aqui aprendendo a cada dia, aperfeiçoando meus conhecimentos. Talvez daqui a alguns anos eu possa montar uma comissão técnica para trabalhar como treinador."
Voltando ao presente, o multicampeão como jogador não esconde o orgulho de alguns de seus pupilos que subiram juntos da base. "O Alex Alves veio categoria a categoria comigo. O Maicon e o Luisinho também. Eu vejo que o Alex Alves tem uma vontade de vencer, força de recuperação e de pensar o futuro parecida com a que eu tinha na época de jogador. Tem tudo para ser um dos grandes do Brasil", fechou.
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