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O primeiro jogo foi uma verdadeira "guerra", mas o Paraná saiu vitorioso com o convincente placar de 2 a 0 | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
O primeiro jogo foi uma verdadeira "guerra", mas o Paraná saiu vitorioso com o convincente placar de 2 a 0| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Embora todas as precauções tenham sido tomadas pelo Paraná para diminuir os efeitos da altitude, ao final da partida, jogadores e o técnico Zetti elegeram a condição física como fator determinante para a derrota. "É muito difícil suportar a diferença. Não temos que esconder nada. Além disso, teve o problema da viagem de três horas e meia de Sucre para Potosí no dia do jogo", apontou Zetti, destacando que não se trata de desculpa, mas, segundo ele, da realidade.

Ainda no hotel, o Tricolor disponibilizou um cilindro de oxigênio para cada atleta. O mesmo aconteceu durante e no intervalo da partida. Porém, a maioria dos jogadores sentiu tonturas, ânsia de vômito, a garganta queimando e, por alguns momentos, a vista escurecendo. Os meias Gérson e Dinélson, e o atacante Henrique foram as principais vítimas do ar rarefeito contra o Real Potosí. Tanto que pediram para serem substituídos e foram atendidos.

"É desumano jogar aqui. Você não consegue respirar. É uma dificuldade muito grande, até maior que o time deles", disse Dinélson.

"No intervalo eu respirei oxigênio o tempo inteiro, melhorou, mas senti novamente no segundo tempo", revelou Gérson.

Quem acompanhou o Paraná nas outras partidas da Libertadores, certamente percebeu que se tratava de "outro time". No primeiro tempo, uma disputa equilibrada, e o placar empatado. Na etapa final, o Tricolor simplesmente desapareceu em campo, sentindo os efeitos de jogar a 4.030 metros.

"O rendimento foi muito abaixo do que o time joga no Brasil. E tivemos que dispensar a parte tática, passamos uma base para os jogadores do posicionamento, mas chega um momento que as forças não são as mesmas", declarou Zetti.

Como não poderia deixar de ser, após as reclamações naturais, veio o discurso otimista. Justificado, afinal, o Tricolor ainda está em boas condições para chegar à segunda fase da Libertadores. "Temos que pensar agora no Maracaibo, conquistar a vitória e a classificação dentro de casa. Com certeza teremos a Vila Capanema lotada, e isso vai nos ajudar bastante", disse Zetti.

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