Rubens Barrichello poderia ser bicampeão mundial com a Ferrari, se Michael Schumacher não fosse seu companheiro de equipe, revelou nesta sexta-feira o diretor-técnico da equipe italiana, Ross Brawn.
O britânico expressou sua frustração com a partida do brasileiro para a rival BAR ao final desta temporada.
- Estamos muito decepcionados porque vivemos um útimo período com Rubens. Disse várias vezes que ele tinha o emprego mais difícil da Fórmula 1 - disse Brawn antes do Grande Prêmio da Turquia deste final de semana.
- Ele tenta superar Michael Schumacher com o mesmo equipamento e ninguém nunca conseguiu isso. É uma experiência muito frustrante e ele sempre deu duro e fez um excelente trabalho. Fiquei chateado com o que aconteceu, mas compreendo - continua ele.
Barrichello chegou à Ferrari em 2000 e foi vice-campeão mundial em 2002 e 2004. O alemão, heptacampeão, foi campeão em todos os anos desde a chegada do brasileiro.
Barrichello afirmou que um dos melhores momentos na Ferrari foi estranhamente o Grande Prêmio da Austria de 2002, quando recebeu ordem para deixar Schumacher ultrapassá-lo na última curva, depois de estar liderando desde o início.
O jogo de equipe repercutiu negativamente em todo o mundo e forçou a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) a proibir esse tipo de "ordem de equipe".
- Acho que esse foi o melhor momento, porque eles (Ferrari) souberam que eu poderia vencer corridas sem a ajuda de ninguém, então acho que foi o ponto de mudança da minha carreira - disse Barrichello.
Ross Brawn discordou do piloto.
- Rubens compreendia a equipe. Nao vejo dessa forma, pois sempre o considerei um piloto sério, então não houve mudança. Ele teria sido campeão mundial, se Michael Schumacher não estivesse lá. Uma vez, talvez duas. Para mim, esse é o nível de Rubens. Ele fez um grande trabalho e melhora a cada ano - acrescentou Brawn.
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