O advogado Domingos Moro, ex-diretor de futebol do Coritiba e candidato derrotado nas eleições do clube em 2007, está prestes a voltar ao dia-a-dia do mundo da bola. Após ter deixado saudades em grande parte da torcida Coxa ao comandar o departamento de futebol da equipe em 2003, quando o time conquistou o Paranaense de forma invicta e se classificou para a Copa Libertadores graças a boa campanha no Brasileirão daquele ano , Moro tentará conquistar o respeito e a admiração de torcedores de outra cidade.
Conversas adiantadas entre o advogado e o Operário Ferroviário Esporte Clube, de Ponta Grossa, podem levar Moro a assumir o comando de futebol do "Fantasma". A recente vitória conquistada pelo advogado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva quando reverteu decisão que suspendia o Operário e causaria seu rebaixamento para a 3ª divisão estreitou os laços entre Moro e o clube pontagrossense.
"Criei um vínculo muito grande com o Operário e com a cidade de Ponta Grossa após este processo e me coloquei à disposição deles para o que precisassem. O grupo que gere o futebol do clube veio ao meu escritório para ouvir de que maneira eu poderia contribuir para reerguer o futebol da cidade. Tornamos este interesse público e podemos, em breve, acertar o início dessa parceria", disse Moro, em entrevista à Gazeta do Povo Online.
Pela idéia inicial, Moro iria desenvolver o mesmo trabalho executado na época do Coritiba. "Minha função seria gerenciar, coordenar o futebol. Eles ouviram meus projetos e minhas idéias e prometeram uma resposta até o início da próxima semana".
A primeira ação de Moro como dirigente do Operário seria resgatar o valor do clube na cidade. "Temos que mobilizar a cidade de uma forma diferente do que fazem atualmente. Fiquei impressionado com a força da torcida, da cidade e até da imprensa local. Não imaginava que fosse tanta. Depois de mobilizar a cidade, formaremos uma comissão técnica de qualidade e confiabilidade para montarmos um time campeão".
A confiança de Moro é grande. "Queremos ser campeões de maneira invicta já no campeonato deste ano. É um título que ainda não tenho e teria o maior prazer em conquistas". O advogado disse que o trabalho no Operário não atrapalharia suas funções no STJD. "Não tenho clientes na segunda divisão e não teria problema de compatibilidade". Resposta nos próximos dias
De acordo com um dos três gestores do futebol do Operário, Chico da Bracol, a chegada de Moro é uma questão de tempo. "Se dependesse de mim, o Moro já estaria nos ajudando. Ainda dependemos de um entendimento entre os meus sócios (Franco Menezes e Dorli Michells), que ainda não deram suas opiniões", explicou.
Para o gestor, o interesse em contar com Moro não surgiu só pela recente vitória nos tribunais. "Só o trabalho que ele desenvolveu no Coritiba já o credencia e muito para nos ajudar a levar o Operário para a primeira divisão", afirmou Chico da Bracol.
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