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Maturín – Sempre disposto a dividir com os jogadores a responsabilidade por vitórias e derrotas, o técnico Dunga primeiro admitiu o óbvio: que Robinho, o único craque da equipe que disputa a Copa América, levou o Brasil a conquistar os três pontos na vitória por 3 a 0 sobre o Chile. "O que faz a diferença é a individualidade", disse o treinador, numa entrevista rápida e confusa. Depois, voltou ao velho discurso e destacou também a atuação do zagueiro Juan e do atacante Vagner Love.

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"O Robinho, desde que eu cheguei à seleção como técnico (em agosto de 2006), já fez outras partidas do mesmo nível, contra Noruega (1 a 1) e Argentina (3 a 0). Mas como agora fez três gols, ganha em repercussão", avaliou Dunga.

O treinador, no entanto, não gostou de uma pergunta sobre a atuação de Anderson, quando o jornalista questionou se o meia teria deixado a desejar no primeiro tempo. Dunga preferiu não dar uma resposta direta e disse que, após um placar de 3 a 0, só gostaria de falar de coisas positivas.

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Dunga explicou que o Brasil precisou se expor na defesa para buscar os gols. Mas não fez nenhuma relação dessa exposição com as falhas seguidas de posicionamento dos zagueiros – o mais vulnerável foi Alex, várias vezes superado na corrida pelos atacantes do Chile.

Mais ativo do que no jogo de estréia na Copa América – derrota para o México por 2 a 0, na última quarta-feira –, Dunga ficou de pé em boa parte do jogo, orientando o time e reclamando da arbitragem. Esse comportamento mais exaltado, segundo ele, não teve influência na atuação da equipe dentro de campo "Não adianta gritar, desesperar. A seleção ganhou porque jogou bem", explicou.

Para o treinador, o Brasil jogou melhor ainda no segundo tempo. "O Chile teve de se abrir. E nos contra-ataques ficava um contra um, o ideal para o talento desequilibrar", comentou.