O ato de vandalismo dos torcedores no último Atletiba vai gerar um prejuízo ainda não calculado aos cofres do Atlético Paranaense. A constatação, já esperada, foi confirmada na tarde desta terça-feira, quando o presidente em exercício do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Virgílio Val, negou o pedido de efeito suspensivo pedido pelo Furacão quanto a perda de um mando de campo no Brasileirão. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já confirmou que Atlético e Fluminense jogam neste domingo, às 16h, no Estádio co Café, em Londrina.
A escolha pelo Norte do estado se deu porque a Arena Joinville, em Santa Catarina, não foi vistoriada pela CBF e deixou de ter a preferência por parte da diretoria atleticana. Assim, o estádio londrinense foi escolhido e, diante da partida pela Série A, o jogo da Quarta Divisão nacional entre Londrina e Chapecoense, também no domingo, será a preliminar, às 14h.
"Acho que dos males o menor. É a cidade mais próxima com um estádio em condições de receber o jogo. O nosso comercial vai iniciar a partir de amanhã (quarta-feira) o cálculo dos prejuízos que teremos. O direito dos nossos sócios ingressarem no estádio está garantido, mas ainda não sei se teremos alguma programação especial. Toda a nossa logística será modificada, teremos que cuidar de toda a segurança, enfim, o estrago será enorme", lamentou o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, em entrevista à Gazeta do Povo.
Apesar de ter de cumprir a perda de um mando, o recurso atleticano segue em andamento no STJD. O Furacão ainda tenta reduzir a multa de R$ 20 mil aplicada em primeira instância. "Lamento muito que o efeito suspensivo não tenha sido dado, agora vamos buscar reverter a multa no Pleno", disse o advogado do clube, Domingos Moro.
Coritiba aguarda resposta nesta quarta-feira
Depois do Atlético, quem corre sério risco de ter de cumprir a perda de mando de um jogo é o Coritiba. O clube entrou com o pedido de efeito suspensivo nesta terça e deverá ter um parecer na tarde de quarta-feira. A decisão desfavorável ao Furacão já preocupa os advogados coritibanos, que ainda creem em uma reversão da punição e da multa de R$ 10 mil se o caso chegar a julgamento no Pleno do STJD.
"Não sabemos o que esperar mais. Não vejo lógica no que fizeram com o Coritiba e temo porque estão adotando praticamente a mesma punição dada ao Atlético, que era o mandante. Independente da decisão de amanhã, esperamos que a mesma agilidade vista até aqui nós vejamos também no julgamento integral do recurso", afirmou o diretor jurídico do Coxa, Gustavo Nadalin.
Se o efeito suspensivo do Alviverde for negado, o jogo do dia 5 de agosto, contra o Santos, deverá acontecer também no Estádio do Café. Como o Pleno do STJD se reúne apenas às quintas-feiras, o caso dificilmente seria julgado antes da partida.
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