- Com recorde de público, Metrô conquista o título da Divisão de Acesso
- Metrô vai alterar nome para criar maior vínculo com torcedor
- Metrô tem dois objetivos para o ano que vem: vagas na Série D e na Copa do Brasil
- Artilheiro do estadual, Cristiano tem propostas para deixar o Metropolitano
- Para FPF, Maringá precisa juntar forças para acabar com "aventureiros"
Quando o cronômetro marcava 24 minutos do segundo tempo, um jogador de nome e apelido difíceis marcava aquele que seria o primeiro gol da história do time hoje conhecido como Metropolitano Maringá. Em 28 de agosto de 2010, o então camisa 9 Erivelton, o Cabixi, dava o primeiro passo do Metrô rumo à elite do futebol profissional do Paraná: vitória por 1 a 0 em cima do Junior Team.
No início, o time, que se chamava Alvorada Clube, era amador. Na ocasião do gol de Erivelton, iniciava a era profissional, atendendo por outro nome, Grêmio Metropolitano, com uma base montada por jogadores conhecidos do então treinador, Ivair Cenci. De lá até a conquista do título da Divisão de Acesso, a trajetória foi longa. Graças a isso, no ano que vem o Município fecha um jejum de seis anos sem um time na elite do estadual.
Em 2010, um jogador recebeu uma oportunidade especial do Metrô. Machucado, o então zagueiro Léo Maringá voltava de uma lesão quando o time abriu espaço para ele treinar e se recuperar. Como em uma daquelas coincidências incríveis, foi esse jogador que levantou o troféu do título mais importante do time até então, da Divisão de Acesso no domingo (25).
"Estou feliz demais", resumiu o jogador ao final da partida contra o Prudentópolis, jogo que rendeu o título à Maringá. "Isso prova que não existem jogadores de Primeira, Segunda ou Terceira Divisão. Sempre joguei na Primeira, mas agora estou aqui para ajudar minha cidade e ajudar aquele clube que abriu as portas para mim, em 2010, quando estava lesionado."
Com a vaga garantida, Léo Maringá ainda não teve o contrato renovado para o ano que vem. "Não sei ainda se vou continuar. Estamos conversando com a diretoria, mas tenha certeza de que quero ficar."
Caminho
Naquele mesmo ano de fundação do time profissional, o Metrô conquistou o primeiro título: a Terceirona. No ano seguinte, a diretoria fechou uma parceria com um grupo português. A sociedade duraria 20 anos, com promessa de gastos superiores a R$ 100 mil ao ano.
Em um primeiro momento, o negócio deu certo - até o lateral-direito Índio, campeão mundial em 2000 pelo Corinthians, passou pelo time. O Metrô se classificou na última rodada para a semifinal do Paranaense. Na disputa contra o Toledo, uma vitória para cada lado e classificação para o time do Oeste, que havia feito melhor campanha na primeira fase. Londrina e Toledo subiram para a elite. Depois do campeonato, alguns jogadores revelaram que não haviam recebido salários.
O ano de 2012 foi ainda mais turbulento para o Metropolitano. Com a acusação de muitos jogadores de que a CR Sports não havia cumprido com vários meses de salários, a equipe recorreu a poucos remanescentes dos dois primeiros anos e precisou lutar contra o rebaixamento para a Terceirona. O tricolor escapou nas últimas rodadas.
Sonho realizado
Este ano começou totalmente diferente. Sem o nome Grêmio, que causava muitas polêmicas ao Metrô, a diretoria montou um elenco forte e recolocou o time na elite. A campanha de 16 vitórias em 21 jogos foi coroada com o título, em vitória sobre o Prudentópolis, no domingo (25), por 2 a 1.
Para o ano que vem, o Metropolitano Maringá vai alterar o nome para criar um vínculo maior com o torcedor maringaense. Além disso, a diretoria buscará patrocínios que fortaleçam a equipe para busca de dois objetivos: vagas na Série D do Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.
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