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Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético, e João Alfredo Costa Filho (de vermelho), vice de futebol: invasão do gramado para cobrar o trio de arbitragem | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético, e João Alfredo Costa Filho (de vermelho), vice de futebol: invasão do gramado para cobrar o trio de arbitragem| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo
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O jogo

Na primeira etapa, os dois times pouco produziram. O melhor ficou para a volta do intervalo. O Atlético foi para cima e abriu o placar com Marcelo, em um belo chute de longe. Só que o goleiro do Guarani, Emerson, empatou de falta. O Furacão tentou pressionar em busca da vitória no final, mas não conseguiu fazer o gol salvador.

Exatamente no momento em que passava a impressão de que a volta para a Primeira Di­­visão seria uma questão de tempo, o Atlético tropeçou. Dentro e fora de campo. O empate por 1 a 1 com o Gua­­rani, ontem, no encharcado Ecoestádio, definitivamente não estava no script, bem como o destempero e a invasão do gramado por dirigentes.

O resultado colocou a vaga do Rubro-Negro no G4 a perigo. O São Caetano – então dois pontos atrás do time paranaense – teria a chance de roubar a posição se vencesse o vice-lanterna Ipatinga, em casa. Para sorte do Furacão, o Azulão ficou no 1 a 1. E segue um ponto atrás do Atlético.

O lapso, o primeiro em Curi­­tiba no torneio, mexeu com os ânimos de parte da di­­retoria atleticana. Nem bem o árbitro Jean Pierre Gonçalves (RS) apitou o fim da partida, o presidente do clube, Mario Celso Petraglia, e o vice de futebol, João Alfredo Costa Filho, entraram no gramado para cobrar o juiz, que não teve influência alguma no resultado.

"Ele só apitava contra nós. Estamos jogando contra tudo e contra todos. Até os atleticanos são traidores", bradou Costa Filho – "a traição" foi uma referência ao vice-presidente do Conselho Deliberativo, José Cid Campêlo Filho, que fez denúncias sobre a contratação de parentes de Petraglia para tocar as obras da Arena para a Copa de 2014.

O técnico Ri­­cardo Drubs­­cky, que não costuma se exaltar em relação à arbitragem, comprou a bronca. "Entre as coisas ruins que tivemos hoje [ontem], tivemos uma atuação infeliz do árbitro. Ele foi muito rigoroso contra nós e quando era a nosso favor fez questão de deixar o jogo seguir", reclamou.

O principal responsável pelo empate foi o próprio Fu­­racão, que não repetiu as atuações das últimas ro­­dadas. O golaço de Marcelo (16/2.º) não foi suficiente, já que quatro minutos depois o goleiro Emer­son, de falta, empatou para o Guarani. Sem forças, nem mesmo a dupla Paulo Baier e Elias, cercada de expectativa por iniciar um jogo pela primeira vez, conseguiu fazer o time reagir.

Os dois próximos jogos ga­­nham importância ainda maior. Primeiro o Gua­­ra­­­tinguetá, no sábado, no Ecoestádio. De­­pois, na outra semana, o duelo é com o São Caetano (3/11), fora de casa.

Apesar da decepção, Drubs­­cky garante que o resultado ruim pode se transformar em ânimo. O elenco, inclusive, recebeu a visita de Petraglia no vestiário, que, segundo o treinador, proferiu apenas palavras positivas. "Ele deu muito apoio. Não parabenizou ninguém porque não fizemos um bom jogo, mas confortou a todos, dizendo que estamos firmes", fechou.

Punição

A invasão dos dirigentes deve ser relatada na súmula pelo árbitro e os dois correm o risco de ser punidos. Em setembro de 2011, o ex-diretor de futebol, Alfredo Ibiapina, pegou 140 dias de gancho após avançar sobre a arbitragem na partida com o Palmeiras, na Arena. De acordo com as últimas sentenças do Superior Tri­­bu­­nal de Justiça Desportiva (STJD), o clube dificilmente per­­derá mando de jogos.

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