Análise
Passes errados minam a estratégia atleticana contra a Raposa
Os passes errados do Atlético mataram a estratégia montada pelo técnico Claudinei Oliveira para o jogo ontem, contra o Cruzeiro, no Mineirão. O time errou 46 vezes no fundamento, número excessivo para quem ficou pouco tempo com a bola nos pés. Na primeira etapa, por exemplo, os donos da casa controlaram a pelota em 70% do duelo.
"Conseguimos anular [o Cruzeiro] até certo ponto, mas nos contra-ataques erramos muitos passes e não finalizamos", falou o zagueiro Gustavo, que espera ver uma atitude diferente contra o Inter.
O Atlético jogou de forma extremamente defensiva no duelo contra o Cruzeiro, ontem, no Mineirão, mas o principal motivo da derrota por 2 a 0 foi outro. A diferença técnica entre o líder e o 11.º colocado do Brasileiro é tão grande que o time paranaense se contentou em defender e nem sequer ameaçou o adversário. Postura que precisa ser alterada em curto prazo, já que dois dos próximos três rivais brigam na parte de cima da tabela.
Daqui a dois dias, no sábado, às 18h30, o desafio é vencer o Internacional na Arena da Baixada. No fim de semana seguinte, com a partida contra a novata Chapecoense no caminho, o calendário aponta para o Corinthians, também em casa.
Dificuldade que se multiplica pela escassez de tempo para treinamento. "Se [a gente] sonha alguma coisa temos de passar por cima de tudo isso", diz o meia Marcos Guilherme, de 19 anos.
"Nem vai dar tempo de treinar nas próximas quatro, cinco rodadas. O calendário é estreito, difícil. Tem de acertar na conversa, no esquema tático. Acertar o posicionamento e a postura, principalmente jogando em casa", falou o zagueiro Gustavo, de 32 anos.
Ontem, o Atlético entrou em campo com três zagueiros para tentar anular as jogadas do Cruzeiro, dono do melhor ataque da Série A, agora com 45 gols. O ferrolho durou 26 minutos. Atacante da seleção brasileira sub-21, Alisson cortou Sueliton com facilidade e bateu cruzado. A bola desviou em Gustavo, que tentou cortar de cabeça, antes de encobrir Weverton.
Nem depois da desvantagem os rubro-negros conseguiram criar jogadas de perigo. A saída com os alas não funcionou e os atacantes Douglas Coutinho e Marcelo tiveram raros contra-ataques para puxar. Nos 90 minutos, o time chutou uma vez contra a meta do goleiro Fábio.
"A nossa proposta de jogo não funcionou", admitiu o técnico Claudinei Oliveira. "Não conseguimos trocar dois ou três passes para fazer a transição", acrescentou.
O gol do boliviano Marcelo Moreno, logo aos nove minutos do segundo tempo, matou qualquer pretensão atleticana de ser o primeiro a derrotar a Raposa no Mineirão na temporada. Com 87% de aproveitamento em casa desde que Marcelo Oliveira assumiu (dezembro de 2012), os mineiros só administraram mais um triunfo. Enquanto isso, o Furacão amargou o oitavo revés o terceiro nas últimas cinco rodadas e agora corre contra o relógio para arrumar a casa.
"Os meninos têm qualidade. No pouco tempo que tivermos para trabalhar, vamos tentar colocar alguma coisa em prática para poder superar o Inter em Curitiba", espera Claudinei Oliveira.
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