O presidente Jair Cirino é cercado pela imprensa após o julgamento: para especialistas, clube precisa adotar uma estratégia diferente para o recurso no Pleno| Foto: Antonio Costa, enviado especial/ Gazeta do Povo

A punição máxima imposta ao Coritiba no julgamento de on­­tem no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) teria como ser abrandada, na opinião de alguns especialistas em Direi­to Desportivo.

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Para o advogado Marcílio Krie­­ger, o Coritiba não merecia tamanha penalidade, mas ela seria condizente ao tumulto ocorrido no Couto Pereira. "Existe a prevenção, para antes do fato, e a repressão, depois que acontece. Na minha avaliação, o Coritiba não teria tomado uma atitude clara e objetiva para comprovar as medidas repressivas. Ele deveria levar ao julgamento o boletim de ocorrência e apontar os culpados por conta própria, nada tendo a ver com a postura policial", avaliou. A situação seria semelhante ao clube que prende e identifica o lançador de um objeto no gramado, por exemplo, reprimindo após o ocorrido de maneira adequada.

O boletim de ocorrência poderia integrar o recurso como uma prova nova, pois só essas são aceitas no Pleno.

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Bastante irritado ao acompanhar o final do julgamento, o ad­­vogado Domingos Moro definiu como muito ruim a condução da defesa alviverde. "Disse antes que se o Coritiba adotasse o papel de vítima seria vitimado. Eles não sabem nada de Direito Des­­por­­tivo", afirmou e emendou: "Troco a minha candidatura pelo recurso." Ele é um dos integrantes de uma chapa de oposição para a eleição do Conselho Administrativo, marcadas para segunda-feira.

Para Moro, o clube poderia ter aliviado ao meno dez jogos de punição na parte do artigo 213, que trata de desordem e tumulto, uma vez que na invasão de campo e arremesso de objetos seria muito difícil. "Claro que vai diminuir no Pleno. Mas para quanto?", indagou.

Pela repercussão do caso, o rigor dos auditores não surpreendeu. "Sentíamos essa predisposição pelo clamor nacional criado. Mas o Coritiba não merece essa punição", avaliou o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury. Ele disse que a entidade trabalhou politicamente pe­­ran­te a CBF para ajudar o Coxa.

"Já esperávamos. Há mais de uma semana só se fala nisso. Ago­­ra é torcer para o outro julgamento. Mas, independentemente de qualquer coisa, o Coritiba vai sair dessa situação e a torcida não vai abandonar o time nunca", disse o vereador e ex-jogador Aladim.

Para Luizão Stelfeld, ex-presidente da torcida Império Alviver­de, hoje apontada como culpada dos incidentes, a penalização ex­­pôs a fragilidade local.

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"Mais um vez o estado mostra falta de representatividade política. Tenho certeza de que isso será diminuído, pois foi uma arbitrariedade", torce. Ele contou ter ido diariamente ao Couto Pereira e percebido a aproximação da torcida, que será fundamental no próximo ano de exílio.

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Interatividade

Qual deve ser a estratégia do Coritiba para aliviar a punição no recurso ao Pleno do STJD?

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