A morte do zagueiro Serginho, do São Caetano, em 2004, fez com que os estádios brasileiros passassem a contar com um desfibrilador, aparelho que emite descargas elétricas capazes de reanimar uma vítima de parada cardíaca. Agora, o exemplo vai ser seguido na Copa do Mundo. A Fifa anunciou nesta segunda-feira que todos os estádios da Alemanha também estarão equipados com o desfibrilador, tanto para atender atletas quanto torcedores. Mas, considerando-se que o exemplo utilizado pela Fifa foi a morte do camaronês Marc-Vivien Foe na Copa das Confederações de 2003, a decisão chega até com certo atraso.

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O anúncio oficial foi feito pelo chefe do departamento médico da Fifa, Jiri Dvorak. Além do uso do aparelho, todos os atletas que forem inscritos na competição serão submetidos a uma bateria de exames.

- Este foi um compromisso assinado pelos médicos responsáveis pelas 32 equipes que estarão disputando o título mundial. Eles serão responsáveis por atestar que os atletas estão aptos à disputa de alto rendimento. É um grande passo -, afirmou Dvorak.

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No entanto, mesmo que fique provado que um jogador não está em condições ideais, a Fifa não tomara qualque atitude para impedi-lo de atuar. A decisão caberá à Federação de cada país. O médico não considera que a organização esteja se eximindo de culpa em caso de um possível incidente.

- Ninguém pode interferir numa relação médico-paciente. É como se fosse um contrato. Nós não temos esse poder nem esse direito. O que podemos fazer é orientar e cuidar para que nada de errado aconteça.

Cada uma das 32 delegações receberá um desfibrilador e membros da comissão técnica serão treinados para utitlizar o equipamento. O médico também anunciou medidas na luta contra o doping. A partir de agora até a Copa do Mundo, em todos os amistosos envolvendo seleções que estarão na Copa serão feitos exames antidoping aleatórios. Também acontecerão exames de surpresa durante a fase de treinamentos