Atlético, Coxa e Paraná foram voto vencido no arbitral na sede da FPF| Foto: Aniele Nasimento / Gazeta do Povo

FPF cobra laudos com antecedência

Uma novidade prevista no regulamento do Paranaense de 2011 é que os clubes terão de estar com os laudos necessários para a liberação de seus estádios (Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Crea-PR e Vigilância Sanitária) prontos antes das vistorias da Federação Paranaense de Futebol (FPF), previstas para dezembro.

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Simples e sem a bizarrice do su­­permando – direito ao melhor da primeira fase a jogar todas as partidas em casa no octogonal decisivo –, o regulamento do Paranaense 2011 ainda não está à prova de críticas. O regulamento tem pelo me­­nos um ponto discutível. Na final do torneio, não está previsto critério de desempate pelo saldo de gols. Ou seja, vencer o primeiro jogo por goleada e perder o segundo por 1 a 0 representa decisão do título nos pênaltis.

Mas desta vez o "corpo estranho" no texto foi intencional. O vice-presidente da Federação Pa­­ranaense de Futebol (FPF), Amil­­ton Stival, propôs a ideia ontem, no ar­­bitral da competição, e a maioria dos clubes aceitou. A votação ficou no 7 a 3 com um enorme bloco de equipes pe­­quenas (Operário, Ara­­pongas, Ro­­ma, Rio Branco, Cas­­cavel, Corin­­thians-PR e Cianorte) decidindo a questão.

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Atlético, Iraty e Paraná foram contra. O Coritiba, somente com um advogado no encontro e que seria voto vencido, absteve-se, mas fez constar em ata posteriormente que era contrário à medida. Já o Paranavaí não compareceu.

"Propus pensando na parte técnica e comercial. Se uma equipe chega com jogadores suspensos à primeira partida e perde por goleada, acabou o campeonato para ela. Na segunda partida ninguém compareceria", justifica Stival.

O bloco interiorano também explicou sua ação na base da parte financeira. Mas, no fundo, estão se agarrando à hipótese de vencerem o primeiro duelo de uma eventual final com um grande da capital em casa para poder perder por qualquer placar na volta e ainda ter a hi­­pótese dos pênaltis.

"O Coritiba tem mais o que fazer do que ir em um arbitral que o seu voto não tem validade alguma", afirma o vice-presidente co­­xa-branca Vílson Ribeiro de An­­drade. "Foi por maioria. Fazer o quê?", lamenta Ocimar Bolicenho, di­­retor de futebol do Atlético. "Qui­­­seram primar pelo aspecto financeiro. Mas acho que prejudicaram o aspecto técnico", avalia Aramis Tissot, vice-presidente do Paraná.

Sem força na Federação, restou aos clubes da capital acatar a decisão que vale para os próximos dois anos por conta do Estatuto do Torcedor. O sistema de votação nas decisões da FPF também não deve mudar tão cedo.

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"Aqui é uma democracia. O vo­­to de qualquer equipe do interior tem o mesmo peso de Atlético, Coritiba ou Paraná. São os 12 que fazem o brilho do campeonato", alega Stival.

No novo regulamento, os clubes se enfrentam por pontos corridos no primeiro e no segundo turno. Os campeões de cada etapa decidem o título. Caso a mesma equipe vença as duas etapas é cam­­peão direto. Já o campeão do interior, sairá de uma final (também sem o critério de saldo de gols) entre os dois melhores interioranos no somatório dos turnos e o vencedor leva R$ 50 mil como prêmio da RPC TV. Também no somatório geral, os dois últimos classificados serão rebaixados.

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