O contrato de Felipe Massa com a Ferrari foi assinado em 2001, revelou o piloto brasileiro na madrugada desta terça-feira no "Programa do Jô", da Rede Globo. Segundo ele, que correu pela Sauber nas temporadas de 2002, 2004 e 2005, o primeiro contato com o diretor executivo da equipe italiana, Jean Todt, foi feito quando ainda corria na Fórmula 3.000.

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- Assinei contrato em 2001, nem corria na Fórmula 1 ainda, estava na Fórmula 3.000. Havia uma pessoa que conhecia Jean Todt e por intermédio dela consegui uma reunião com ele quando ainda estava no começo da temporada na Fórmula 3.000. Fui tremendo, era muito para mim. Ele me disse: "Já ouvi falar de você, mas vamos esperar um pouco. Faz o campeonato todo, se você ganhar, depois a gente volta a conversar". Consegui vencer, e ele me chamou para conversar. Eles me fizeram uma proposta de contrato longo de piloto da Ferrari, mas fui treinar na Sauber e fui aprendendo. Isso era segredo, lógico, ninguém sabia.

Um presente especial

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Massa contou também sobre um presente especial que pediu e ganhou de Peter Sauber, pouco antes de deixar a equipe:

- A última corrida na Sauber foi muito legal. Era uma equipe importante, mas pequena, e faltavam duas corridas. Eu disse a ele que gostaria de ganhar um carro de presente, depois de tudo o que foi feito durante a temporada (de 2005). Ele me disse que se eu conseguisse chegar entre os cinco primeiros ganharia o carro. Eu cheguei em sexto, e era a última corrida da equipe, pois ele tinha vendido para BMW, estava emocionado porque a equipe tinha acabado e me disse: "Você chegou em sexto, mas dou o carro assim mesmo". Esse carro é um troféu, tem valor pessoal pra mim.

A vitória mais recente

Felipe Massa comentou ainda as imagens da sua vitória no GP do Bahrein, inclusive o seu abraço e beijo na namorada Rafaela, que segundo ele não pôde ir ao programa porque está gripada. E lembrou as palavras de Todt após a corrida:

- Ele me disse "você guiou como um campeão". Vamos rezar.

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A segurança

Segundo ele, a segurança na Fórmula 1 melhorou muito de 1994 para cá.

- Na Fórmula 1 hoje em dia ainda se corre um risco muito grande, mas a segurança aumentou muito. E a gente conseguiu melhorar isso depois da morte do Ayrton (Senna, em 1º de maio de 1994), aquele acidente mudou mentalidade da modalidade.

O início da carreira

O piloto brasileiro falou também sobre o seu início na carreira de piloto.- Em 98 fiz somente as cinco corridas finais da Fórmula Chevrolet, por problemas financeiros, e cheguei em quinto. No segundo ano fui campeão, correndo todas as corridas. Aí tinha que dar um passo maior e ir para a Europa. Na minha época, gostaria de ter ido para a Inglaterra, mas estava sem condições e fui para a Itália disputar a Fórmula Renault, que estava começando. Assinei contrato com a equipe para correr seis corridas e, se desse certo, ficaria para fazer a temporada inteira. Ganhei as primeiras corridas, disputei o Campeonato Italiano e o Europeu e fui campeão nos dois. Dias puxados

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Massa disse que o tempo que passa na Ferrari quando não há corridas é de treinos e reuniões com cada departamento da equipe técnica o dia inteiro, três vezes por semana. Ele afirmou que sua relação com o heptacampeão mundial de Fórmula 1, Michael Schumacher, é muito boa.

- Ele participa do desenvolvimento da equipe e do carro. Não está toda hora na pista, mas em reuniões importantes, sim, para passar a sua experiência. Falo com ele direto e peço alguns conselhos. Ele sempre foi muito simpático comigo, muito aberto, a gente sempre trabalhou com uma relação bem legal.

Curiosidades

O piloto brasileiro ainda contou fatos curiosos da sua vida antes de começar sua carreira e também alguns ocorridos na Europa.

- Eu prefiro guiar no trânsito. Na Europa, muitas vezes vai um motorista me buscar, mas já peguei muito cara ruim lá. Uma vez cheguei a pedir para deixar eu guiar, mas o cara disse que não podia porque o carro era da empresa. Aí eu disse: "Só que eu não sei se a gente vai chegar lá".

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O despertar de uma paixão

A paixão por pilotar vem desde cedo, como ele relatou:

- Quando o charreteiro ia entregar leite na minha casa, eu pedia para dar uma volta. Já pedi também para o carteiro me deixar dar uma volta na moto dele. Quando tinha festa lá em casa ou na casa de alguém da família, pedia aos tios para estacionar os carros. Aí eu manobrava, deixava um bem encostado no outro, porque aí não dava para eles abrirem a porta e só eu que podia entrar para pegar o carro.