Aos 35 anos, Edson Bastos é o líder do elenco do Foz do Iguaçu| Foto: Rubem Valente/Jornal de Londrina

Edson Bastos está com fome de bola. Antes de disputar os três primeiros jogos do Foz do Iguaçu pelo Paranaense, o goleiro de 35 anos havia entrado em campo pela última vez em novembro de 2013, pela Ponte Preta. Tempo em que refletiu sobre o futebol e a carreira – considerou até a aposentadoria –, mas que o fez chegar com ainda mais vontade para o reencontro com o Coritiba, nesta quarta-feira, às 22 horas, no Estádio do ABC.

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FICHA TÉCNICA: Veja as escalações de Foz do Iguaçu e Coritiba

Agora vestindo as cores do time de sua cidade natal, o antigo ídolo alviverde enfrenta pela primeira vez o ex-clube. Apesar do carinho pela equipe do coração, não esconde o sentimento que o move.

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"A fome ainda é grande... Tinha projetos pessoais para retornar a Foz, mas me sinto bem física e tecnicamente. Em momento algum perdi a vontade de vencer", diz o camisa 1, com 202 aparições pelo Coxa e conquistas na ponta da língua. "Quatro estaduais, duas vezes a Série B, um vice da Copa do Brasil e o recorde mundial de vitórias. Em quase seis anos de clube, conquistas gigantes", decreta.

Depois de superar a decepção com o mundo da bola – ele diz ter presenciado muitos 'esquemas' entre clubes e empresários –, o veterano está renovado para liderar o Foz por tempo indeterminado. Podem ser mais dois ou três anos. Ou então até cansar da rotina de treinos e jogos.

Até esse dia chegar, Bastos quer ajudar a implantar uma mentalidade vencedora em um time acostumado a brigar por pouca coisa. "Existe uma certa euforia, um certo entusiasmo na cidade pela minha vinda. O projeto é transformar Foz em um time competitivo, que tenha um calendário anual", comenta o arqueiro, que pretende lançar escolinhas de futebol na cidade.

Um ano e meio após deixar o Coxa, a ligação com o clube ainda é forte. Um exemplo é a relação de amizade com o goleiro Vaná, titular alviverde no início desta temporada.

No começo da semana, por exemplo, ambos conversaram por telefone. "É um menino que valorizo muito. Soube esperar seu momento, sua oportunidade. Falei para fazer o simples. Falhas acontecem comigo, com o Rogério Ceni, com todo mundo. Ele precisa ter confiança. Já passou da hora de o Coritiba formar um goleiro", afirma Bastos, marcado por um erro na final da Copa do Brasil de 2011, contra o Vasco.

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Na visão de quem conviveu com Edson Bastos, contudo, o saldo é infinitamente positivo. "Os 202 jogos que ele fez falam por si só. Ele deixou uma marca no Coritiba", diz Vaná. "É um ídolo, um jogador que fez história. E sem dúvida vem com fome para enfrentar o Coritiba", completa Marquinhos.