Weggis, Suíça O favoritismo atribuído à seleção brasileira na Copa da Alemanha tem feito os jogadores oscilarem entre a modéstia e a soberba. Se para alguns atletas a elevada cotação seria fruto de reconhecimento; outros a consideram como uma grande cilada.
Entre aqueles que gostam do rótulo de "o melhor", destaque para Roberto Carlos. O lateral não poupa palavras para colocar os pentacampeões no ponto mais alto da superioridade.
"Claro, não podemos levar isso para dentro de campo, pois todo mundo evoluiu tendo nós como exemplo. Possuímos um time capaz de tornar os jogos difíceis em fáceis. O Brasil é o único que conheço com essa condição. E isso não é salto-alto, é verdade", analisou.
Tem ainda o grupo que parece pensar como o camisa 6, porém com uma dose bem maior de humildade. "Sabemos da nossa força, mas está todo mundo com os pés no chão. É preciso tomar um certo cuidado com essa badalação toda", disse Adriano.
No outro extremo, notou-se também a existência do time formado pelos mais comedidos. E este tem como principal porta-voz Ronaldinho Gaúcho. "A partir do momento que a bola rola, tem que esquecer isso de favoritismo", citou ele, sem se alongar.
"Lidamos com celebridades, mas isso não basta para vencer. Tem que ter humildade, pensar em equipe", engrossou Carlos Alberto Parreira na terça, para reforçar em seguida. "Tem de ser objetivo e não viver só de beleza."