Tricolor vai perder o patrocínio
O orçamento paranista vem sendo motivo de muitas contas para a diretoria desde o rebaixamento à Série B. Para esta temporada, a situação já era mais grave em decorrência dos excessivos gastos para fugir da Terceirona em 2008. E piorou. O clube teve outra má notícia logo no início do ano: seu atual patrocinador, a Providência, empresa que produz não-tecido, não tem mais interesse na parceria.
A 14ª contratação do Paraná, o goleiro Felipe, chega à Vila Capanema para brigar pela camisa 1 do time. Aos 21 anos, o atleta era reserva de Fábio Costa no Santos, que renovou por mais 4 anos na Vila Belmiro. Com isso, o jovem arqueiro decidiu que era hora de procurar um clube em que tivesse chances de começar jogando.
Felipe chega para acirrar a briga que definirá quem vai defender a meta paranista em 2009. Até então, estavam na disputa a experiência de Ney e os pratas da casa Luis Carlos e Thiago Rodrigues. Com a chegada de Felipe, um dos atletas revelados pela base deve ser emprestado.
"O Paulo (Comelli, treinador) é quem vai decidir quem vai vestir a camisa 1 do Paraná Clube. Quem tem de dizer quem é o melhor são eles, dentro de campo", disse o preparador de goleiros, Renato Secco, refutando a hipótese de Felipe chegar à Vila Capanema com sua vaga já assegurada.
O acerto com o arqueiro vinha sendo planejado desde o início de dezembro do ano passado. O atleta era uma indicação de Comelli para o Tricolor. Mas a condição do Santos para emprestar o jogador, que completa amanhã 21 anos, seria que o Paraná pagasse 50% de seu salário. "Não podíamos arcar com esse custo", explicou o gerente de futebol Beto Amorim.
O atleta teve propostas do Marília e do Internacional, mas preferiu investir no Tricolor. No Colorado, Felipe teria uma situação semelhante àquela vivida no Peixe: a reserva. As conversas com o Paraná foram reiniciadas quando o pai e procurador do goleiro entrou em contato com Beto Amorim.
Ao saber o motivo do entrave, cedeu ao Santos 10% dos direitos econômicos do jogador para que o clube bancasse o salario integral do atleta e firmasse o empréstimo de um ano com o Tricolor. Hoje, o jogador detém 30% de seus direitos; o Santos, o restante.
Sem isso, o arqueiro não sairia da Vila Belmiro. A diretoria santista ainda se ressentia da venda do meia Éverton, em julho de 2008. Na época, Cuca, então técnico do Santos, havia declarado seu interesse na revelação paranista, mas o jogador acabou negociando com a Traffic, que o colocou no Flamengo.
Apesar da pouca idade, Felipe pode ser considerado experiente na função. Na sua estreia no Santos, em 2006, substituiu Fábio Costa e foi o destaque na vitória sobre o Corinthians, por 3 a 0, no Brasileiro daquele ano. Disputou a Libertadores e tem passagem pelas categorias de base da seleção brasileira.
O goleiro perdeu espaço no elenco após ser flagrado no antidoping, por supostamente ter utilizado medicação para tirar febre, mesmo sem anuência do clube. Teve nova chance, mas perdeu espaço para Douglas depois de falhas na derrota do Santos por 4 a 2 contra o Palmeiras, pelo Brasileirão do ano passado.
Deixe sua opinião