A equipe Ferrari da Fórmula 1 estaria pronta para fornecer motores para quem quer que seja que assuma a equipe Honda, mas nada foi acertado até agora, disse um porta-voz na terça-feira.
"Eles (a direção da equipe) nos pediram se poderíamos fornecer motores e dissemos que sim", disse. "É isso, nada mais".
Qualquer acordo de ajuda precisaria realmente estar em vigência no início de fevereiro se a equipe quiser fazer sua estréia na temporada na Austrália no dia 29 de março.
A montadora japonesa Honda, atingida pela queda das vendas nos Estados Unidos e pelo iene mais forte, chocou o esporte há um mês, quando anunciou que iria se retirar da Fórmula 1 tanto como construtora quanto como fornecedora de motores devido à crise financeira.
A equipe baseada em Brackley e chefiada pelo ex-diretor técnico da Ferrari Ross Brawn e pelo chefe-executivo Nick Fry, disse que muitos estão interessados em sua compra, mas não identificou nenhum candidato.
Uma série de indivíduos ricos, incluindo o heptacampeão da categoria Michael Schumacher e o bilionário mexicano Carlos Slim, foram citados pela imprensa como possíveis compradores da equipe, mas negaram o interesse pouco depois.
Brawn disse ao jornal Gazzetta dello Sport que a Honda continuava apoiando os esforços para encontrar um comprador, dizendo que estava confiante de que a equipe estará no grid de largada em Melbourne.
"Tudo o que posso dizer é que há mais que um possível comprador", disse o britânico, cujos pilotos no ano passado eram seu compatriota Jenson Button e o brasileiro Rubens Barrichello. "Queremos salvar os empregos das pessoas".
"A minha presença (continuando como diretor da equipe) certamente não é uma prioridade", acrescentou ele quando perguntado se esperava continuar no comando.
Brawn disse que demoraria seis semanas para modificar o carro 2009 da Honda para acomodar um motor diferente, e que o time não faria testes na pré-temporada.
A Ferrari já disponibiliza motores para a Toro Rosso, que é de propriedade da Red Bull, e ainda tem capacidade de sobra depois que a Force India, que utilizava a tecnologia dos italianos, mudou para a McLaren-Mercedes.
Entretanto, a escuderia italiana precisaria de um aviso com semanas de antecedência para construir motores por encomenda.
A Honda teve os maiores gastos da Fórmula 1 no ano passado com um orçamento estimado de mais de 300 milhões de dólares e sem grandes patrocinadores fora a montadora japonesa.
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