A Fifa voltou a se esquivar sobre perguntas de protestos dentro de estádios, na manhã desta quinta-feira, durante coletiva de imprensa no Maracanã, zona norte do Rio. A entidade afirma que chegou a retirar alguns cartazes de torcedores durante as partidas de quarta-feira no Ceará e Pernambuco.
O porta-voz da Fifa, Pekka Odriozola, respondeu de forma evasiva às perguntas sobre a pena para eventuais infrações de torcedores durante as competições. Ele afirmou que a entidade seguirá o código de conduta que está impresso nos ingressos, que é padrão.
As regras que tratam do tema "manifestações políticas", no entanto, só podem ser encontradas no site oficial da Fifa e não estipulam as punições para as infrações.
Odriozola elogiou as movimentações nos jogos de quarta-feira e disse que a Fifa não está preocupada com protestos maiores que possam ocorrer no entorno dos estádios. Afirma que cabe às forças de segurança manterem a ordem fora das arenas.
Sobre os cartazes apreendidos nas últimas partidas, o porta-voz disse que é feita uma triagem do material na entrada dos estádios. Se o cartaz desrespeitar o código de conduta será apreendido.
Na tarde de quarta-feira, torcedores mostraram cartazes durante o jogo Brasil e México, no Castelão, em Fortaleza. "Esse protesto não é contra a seleção, mas sim contra a corrupção! O gigante acordou", dizia um cartaz.
Protestos
A onda de protestos no Brasil, principalmente nas sedes da Copa das Confederações, abre brecha para que a União tenha que desembolsar bem mais do que os R$ 33 bilhões estimados como gastos com os eventos da Fifa.
Isso porque a Lei Geral da Copa prevê que o governo federal deve assumir, perante a Fifa e seus parceiros, os efeitos da responsabilidade por todo e qualquer dano causado por qualquer incidente ou acidente de segurança relacionado às competições.Com receio das manifestações, Fifa muda horário de funcionários da Copa das Confederações.
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