A Fifa encerrou uma investigação sobre a seleção da Coreia do Norte nesta quarta-feira (25), após aceitar uma explicação de que o técnico da equipe e os jogadores não foram punidos pelo governo depois de perderem todos os três jogos disputados na Copa do Mundo. A entidade explicou que recebeu uma carta da Federação de Futebol da Coreia do Norte, que não confirmou as alegações.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, abriu a investigação duas semanas atrás, depois de Radio Free Asia informar que o treinador Kim Jong Hun e os jogadores foram maltratados na volta ao país após o encerramento da participação no Mundial da África do Sul. "Com todas as informações em mãos, e tendo verificado todas suas fontes, a Fifa decidiu encerrar o assunto", disse a entidade, em comunicado oficial.
Blatter disse que a Fifa queria saber mais sobre "declarações da mídia de que o treinador e alguns jogadores foram condenados ou punidos". Na sua resposta, dirigentes da Coreia do Norte negaram as acusações. "Não houve nenhuma punição para o treinador e as informações sobre esta questão foram sem fundamento", afirmou. "[A federação] assegura que Kim Jong Hun e todos os outros membros da seleção estão treinando como sempre e os jogadores logo irão participar dos Jogos Asiáticos [em novembro]".
A Fifa também pediu esclarecimentos sobre a forma como a federação elegeu um novo presidente e está convencida de que a votação não foi afetada pelos resultados na Copa do Mundo. Governos são proibidos de interferir no futebol sob a ameaça da Fifa de suspender equipes, árbitros, jogadores e dirigentes.
A Coreia do Norte perdeu apenas por 2 a 1 para o Brasil em sua partida de estreia na Copa do Mundo da África do Sul. Depois, foi derrotada por Portugal por 7 a 0 e pela Costa do Marfim por 3 a 0.
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