
Atleticanas
Copa do Brasil
O Atlético viajou ontem pela manhã para o Acre, onde enfrenta o Rio Branco, às 21h30 de amanhã, na sua estreia na Copa do Brasil. Mesmo sem Paulo Baier, machucado, a expectativa do interino Leandro Niehues é conseguir os dois gols de diferença para evitar o jogo da volta. Na única partida este ano que o meia não entrou em campo, o Atlético foi derrotado pelo Cascavel. Como no Atletiba, Claiton foi cortado novamente.
É interno
Após o Atletiba, Niehues afirmou misteriosamente que "teve dificuldades" e que era "um assunto a ser discutido internamente". Ontem, perguntado a que se referia o técnico, o presidente Marcos Malucelli garantiu que não tem relação com a ausência do volante Claiton. "São problemas que se discutem internamente. Ele não queria trazer a público questões de posicionamento de jogadores, questão tática. Pega mal", respondeu.
Domingo, 23h30, após a contundente derrota rubro-negra no Atletiba, toca o telefone de Geninho. Do outro lado da linha estava o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, querendo saber se o treinador estava disposto a comandar o Furacão mais uma vez. Depois de tentar Marcelo Bielsa, Falcão e Caio Júnior, o dirigente teve de recorrer a um velho conhecido: o comandante do título brasileiro de 2001.
Podcast: Equipe da Gazeta do Povo comenta sobre os novos treinadores de Atlético e Paraná
Desafio aceito, o contrato foi fechado ontem. Eugênio Machado Souto, 62 anos, será apresentado na sexta-feira como técnico do Furacão pela terceira vez.
O enredo desse primeiro contato oficial foi contado pelo próprio Geninho. Malucelli, por sua vez, tem outra versão, na qual o estopim para a escolha abrupta não foi o placar do jogo no Alto da Glória e sim uma conversa definitiva com Caio Júnior ocorrida no domingo.
"A partir do momento em que o Caio disse que não conseguiu a liberação antes do fim de maio, nós tínhamos de buscar outro treinador. Comuniquei o departamento de futebol e pedi que pensassem, pois faríamos uma reunião hoje [ontem] na hora do almoço. Fizemos, eles trouxeram o nome do Geninho e eu aprovei", contou o presidente rubro-negro.
Desde a queda de Sérgio Soares, no dia 3 de fevereiro, Malucelli sempre dizia que buscava inovar com o próximo comandante do time. Porém, diante das sucessivas negativas, a escolha foi justamente pelo primeiro profissional trazido por ele, ainda em 2008, quando era diretor de futebol.
"Eu queria trazer um treinador que pudesse ser diferente, como tentei o Falcão, o Bielsa e o Caio. Não deu. Nós não podemos ficar infinitamente sem treinador efetivo", explicou o mandatário. "Não tem mais opções de inovação: treinador que não tivesse trabalhado no Atlético; ou empregado, mas fora do Brasil. Ele [Geninho] foi a primeira opção dentre aqueles que estão no Brasil e sem clube", assumiu.
Do outro lado, o técnico garante que não ficou nem um pouco ofendido de ser o "plano D" do Furacão. "Não tem essa de não ser o primeiro então não vou mais. Isso é birra de criança. Eu poderia não aceitar se a proposta não fosse condizente com o que eu queria", argumentou. "É um relacionamento profissional de oferta e procura", complementou.
De férias desde que saiu do Sport, Geninho garante que estava disposto a só trabalhar depois do Carnaval. Porém, como em 2008, pesou o laço pessoal com o Rubro-Negro, onde, além de ser campeão brasileiro em 2001, conquistou o Estadual de 2009, o último título do clube.
"Eu não ia mais trabalhar em 2008 também. Mas ele [Malucelli] veio, me colocou na parede. É difícil, estando ou não trabalhando, eu falar não para o Atlético", confessou Geninho, que desde 2009 é sócio do clube.
Ouça a edição especial do programa Gazeta Esportiva sobre os novos técnicos de Paraná e Atlético:
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