Com papel fundamental na mobilização pelo acesso do Paraná na atual campanha da Série B, a torcida Fúria Independente admite que cometeu erros no relacionamento com o clube nos seis anos em que o Tricolor está na segunda divisão. Em carta publicada no seu site e no site oficial do próprio Paraná, a diretoria da Fúria afirma que os erros do passado geraram as atitudes atuais, como a costura para conseguir mais renda para o clube.
"Nestes seis anos, a Fúria também fez o que 99,9% das 'torcidas organizadas' dizem ser o papel das mesmas. Invadimos treinos, coletivas de imprensa, setor social da Vila, reuniões na sede da Kennedy, perseguimos 'diretores' em suas próprias empresas, 'jogadores' e muito mais. Foi errado? Foi", admite a nota.
Um dos exemplos desses erros ocorreu em abril de 2009, quando cerca de 50 integrantes da organizada invadiram um treino na Vila Capanema, quando o Paraná era comandado pelo técnico Velloso, e criticaram principalmente o zagueiro João Paulo e o atacante Peterson. Outro exemplo ocorreu ano passado, quando, logo após o pedido de demissão do técnico Ricardinho, integrantes da Fúria invadiram a sala de imprensa e bateram boca com o gerente de futebol Alex Brasil.
"Tudo isso nos fez amadurecer como torcida. As vitórias, os títulos e o acesso não vieram. Provando, mais uma vez, que a solução não é essa. Enxergamos que o problema do Paraná é estrutural e político. E, principalmente, que o resultado não vem no curto prazo", relata o texto. "Percebemos que somos imensamente mais fortes, respeitados e atuantes, sem violência", acrescenta o texto, lembrando que a ideia é "ser a solução e não o problema".
Nesta temporada, a organizada patrocinou ela mesma a camisa do time por três jogos, a R$ 25 mil cada. Os membros da Fúria também foram os principais responsáveis por costurar patrocínios de empresas - os integrantes foram atrás de empresários paranistas para estamparem as marcas de suas empresas no uniforme tricolor.
Um dos pontos altos da mobilização tricolor na campanha da Série B foi a recepção que a torcida organizou no aeroporto após o empate com o Ceará. No último sábado, o grupo organizou a maior caravana de torcedores tricolores para assistir à partida diante do Joinville, em Santa Catarina.
A carta encerra afirmando que a torcida ainda acredita no acesso e convocando o torcedor a comparecer na Vila sábado, diante do líder. "Contra o Palmeiras relembre todo esforço que você fez para chegarmos até aqui", clama. "Faça, ao nosso lado, mais um dia para recordar em nossas memórias", acrescenta o texto.
Ingressos
Encerram-se nesta quinta-feira (31) a venda de ingressos promocionais, ao valor de R$ 40, para a torcida paranista ir ao jogo contra o líder do campeonato. A partir de sexta-feira a entrada mais barata custará R$ 80. Os ingressos para a torcida visitante, independentemente do valor, esgotaram-se na quarta-feira.
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